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xultz escreveu:Sam, é muito otimismo da tua parte achar que em dois anos, todo o parque de automação industrial vai trocar a rede cabeada, as CLP, os gateways, que tá funcionando e redondo para ethernet.
Se for pensar assim, ethernet é o futuro ou é o passado? Pensando assim, o futuro não é wireless? Seria muito fácil dizer que soa ridículo pensar num produto de futuro que tem que puxar um cabão de 8 vias, o que há de mais moderno é wireless (coloque aqui o protocolo que preferir). Aí você pode dizer que ethernet é uma tecnologia sólida, estável, barata, etc, e é tudo verdade. Mas RS485 também. No fim das contas, não estamos falando de tecnologia do futuro.
Pode até dizer "ah, mas ethernet é muito mais legal", e realmente é. O problema é convencer um gerente de produção a trocar de tecnologia, sendo que a máquina vai continuar produzindo o mesmo tanto, vai ter o mesmo controle, as mesmas falhas. Qual é a relação custo/benefício da troca? Nenhuma. Vai vender, vai. O mercado é muito mais cruel do que você supõe.
Marcelo Samsoniuk escreveu:a maioria dos fabricantes coloca duas portas USB, uma para espetar um pendrive e outra para espetar no computador. o pendrive ateh eh uma mao na roda, mas ultimamente eu tenho achado mais pratico e rapido tirar uma foto do display e enviar via e-mail. pq? pq eh um peh no saco carregar e usar um pendrive! hehehe
Djalma Toledo Rodrigues escreveu:Marcelo Samsoniuk escreveu:a maioria dos fabricantes coloca duas portas USB, uma para espetar um pendrive e outra para espetar no computador. o pendrive ateh eh uma mao na roda, mas ultimamente eu tenho achado mais pratico e rapido tirar uma foto do display e enviar via e-mail. pq? pq eh um peh no saco carregar e usar um pendrive! hehehe
Não vejo maior dificuldade em usar o Pendriver
Uso o Windows Explorer (Melhor Programa do Win)
Click, arrasta e solta, do PC para o Pendriver
ou vice verso
Abraço
xultz escreveu:Sam, você tem bastante experiência nesse ramo, principalmente no nicho que atua.
Pois eu tenho algumas experiências também, e vou te contar uma:
Uma vez, fui contratado prá fazer um alarme de carro. Ele tinha uma exigência: tinha que ser barato. Muito barato. Ridiculamente barato. Qual era a situação: havia no mercado vários tipos de alarme, cada vez mais "sofisticados", que fechavam as portas, levantavam os vidros, desligavam o rádio, essas coisas. Eram algumas marcas que estavam bem consolidadas. E para piorar, os carros das classes A e B costumavam vir com os alarmes da concessionária, o que queria dizer que para vender, tinha que fechar acordos com as concessionárias. Um mercadinho chato de entrar.
Porém, as classes C, D e E estavam cada vez mais comprando carros, principalmente usados. E precisavam de alarmes. E tinha que ser barato.
Eu fiz a coisa mais tosca do mundo: um PIC de 8 pinos, um relé prá cortar o motor, sensor de porta aberta, de ignição... Sirene? Ná, toca a buzina mesmo. Controle remoto? Ná, era um tact switch colado atrás do painel. Uma verdadeira tosquice. Se fosse hoje, calculo que ele tinha um preço de custo entre 30 e 40 reais, incluindo caixa, manual, cabo, ou seja, o produto completo.
O negócio foi bem feito porque a venda era direta, anunciando naqueles programas que passam de tarde e que sequer sabemos que existe. Era uma Tekpix dos alarmes. A empresa mandava um piá na casa do comprador, e ele saía de lá com os cheques pré datados.
Vendeu que nem água.
Tempo de desenvolvimento? Um mês e meio no máximo.
Não tinha nem DSP, nem FPGA. Não foi certificado para ser vendido em 100 países. Não tinha placa multilayer, era face simples de fenolite. A caixa era Patola. O negócio deu grana por quase um ano, quando começaram a entrar porcarias ainda piores no mercado. Tinha um que sequer tinha microcontrolador, era um CD4001 que fazia tudo.
Foi um erro fazer um produto assim? Ele deu uma bela grana e alavancou a empresa. Não foi um erro, foi uma oportunidade que surgiu em um nicho específico.
O que quero dizer: cada caso é um caso. Não queira generalizar tudo pela nicho de mercado que você atua. Eu sei, por exemplo, que a Siemens Telecom tem um histórico de lançar produtos bons no mercado, e que investe o que precisar no desenvolvimento pro treco sair direito. Mas quem é o público alvo do produto? Dá prá comparar com os donos de Fusca, Brasília, Kadett, Gol, que atendíamos? Não, sob nenhum ótica. Se tivéssemos investido num produto melhor, estariam até hoje vendendo? Não, provavelmente não teria vendido nenhum.
Observe o tipo de produto que o Ratinho anuncia. São coisas tão horríveis, que provavelmente você sequer conseguiria engolir. Por que o achocolatado Chocopinho dele não é tão bom quanto um Nescau? Porque é barato, e vende, e dá lucro. O público alvo do Chocopinho não tem dinheiro prá comprar Nescau.
O mercado é vasto, ele não é uma coisa só. E você tem que saber fazer o produto que o mercado quer, não o que você quer.
fabim escreveu:SAM.
Se hoje eu vendesse um produto seguindo seu raciocino.
Eu teria um produto que hoje é vendido por 15 mil para 20 mil aproximadamente.
Ta vendo estes 5 mil ? Para empresa poder concorrer com china e japão, e índia, já esta dando este desconto !!!
O produto nasceria morto. Entende ?
Bom, E ai quem vai querer as placa ? Mandem email pro marco@asla.com.br .
fabim escreveu:Certo, iphone na lanchonete tomando cerveja.
E quem é idiota o bastante de ficar trabalhando tomando ceva ?
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