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Mensagempor enigmabox » 31 Mar 2012 13:19

Botando lenha na fogueira.....
Ultimamente estou vendo cada vez mais maquinas de grande porte com PLC comunicando via fibra otica ou ethernet.
Os equipamentos que instalo ja estao vindo com Arcnet e Ethernet, mas para baixa velocidade ainda tenho uns equipamentos que usam CANBUS e RS485.
As duas ultimas máquinas impressoras graficas de grande porte que participei da instalaçao já estavam com 90% de comunicaçao Ethernet, só o acionamento de motores estava ainda com fibra-otica.
Os PLCs que estavam com ethernet eram da Wago, Siemens, AllenBradley e Rexroth/Bosch.
enigmabox
 

Mensagempor msamsoniuk » 31 Mar 2012 13:26

na verdade o IEEE 802 eh uma convergencia de padroes de layer 1 e 2, entao quando eu falo em ethernet, na verdade estou falando que pode ser qualquer um destes padroes diferentes:

http://en.wikipedia.org/wiki/IEEE_802

obviamente que suportar um destes protocolos de layer 1 e 2 implica quase que obrigatoriamente usar os protocolos de layer 3 para cima da IETF:

http://en.wikipedia.org/wiki/TCP/IP_model

a ideia eh convergencia de protocolos. por exemplo, se vc for fazer um osciloscopio, que portas vc iria colocar?

a maioria dos fabricantes coloca duas portas USB, uma para espetar um pendrive e outra para espetar no computador. o pendrive ateh eh uma mao na roda, mas ultimamente eu tenho achado mais pratico e rapido tirar uma foto do display e enviar via e-mail. pq? pq eh um peh no saco carregar e usar um pendrive! hehehe

eh soh uma questao de conceitos, claro, mas eu acharia infinitamente mais pratico um osciloscopio com uma porta ethernet ou wifi: eu vou ateh o laboratorio, cabeio a placa no osciloscopio e plugo na rede. daih volto p/ minha mesa e acesso pelo computador ou entao vou p/ a lanchonete e acesso pelo iphone.

o computador tem uma porta ethernet com cabo, o iphone nao. eles nao tem os mesmos protocolos de layer 1 e 2, mas falam os mesmos protocolos de layer 3 para cima. de fato, um cara no outro lado do mundo poderia ter acesso ao osciloscopio e ver as coisas em tempo real, pq vc sabe muito bem que certos problemas vc soh visualiza se ver a dinamica do negocio.

a jogada eh convergencia. eu nao quero ligar o osciloscopio direto no iphone ou no computador. na verdade a jogada eh que ele esteja acessivel nestes dispositivos sem estar fisicamente conectado a eles! :)

por isso mantenho minha posicao: tem que ter uma ethernet! hehehe

xultz escreveu:Sam, é muito otimismo da tua parte achar que em dois anos, todo o parque de automação industrial vai trocar a rede cabeada, as CLP, os gateways, que tá funcionando e redondo para ethernet.
Se for pensar assim, ethernet é o futuro ou é o passado? Pensando assim, o futuro não é wireless? Seria muito fácil dizer que soa ridículo pensar num produto de futuro que tem que puxar um cabão de 8 vias, o que há de mais moderno é wireless (coloque aqui o protocolo que preferir). Aí você pode dizer que ethernet é uma tecnologia sólida, estável, barata, etc, e é tudo verdade. Mas RS485 também. No fim das contas, não estamos falando de tecnologia do futuro.
Pode até dizer "ah, mas ethernet é muito mais legal", e realmente é. O problema é convencer um gerente de produção a trocar de tecnologia, sendo que a máquina vai continuar produzindo o mesmo tanto, vai ter o mesmo controle, as mesmas falhas. Qual é a relação custo/benefício da troca? Nenhuma. Vai vender, vai. O mercado é muito mais cruel do que você supõe.
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Mensagempor xultz » 31 Mar 2012 16:14

Sam, você tem bastante experiência nesse ramo, principalmente no nicho que atua.
Pois eu tenho algumas experiências também, e vou te contar uma:
Uma vez, fui contratado prá fazer um alarme de carro. Ele tinha uma exigência: tinha que ser barato. Muito barato. Ridiculamente barato. Qual era a situação: havia no mercado vários tipos de alarme, cada vez mais "sofisticados", que fechavam as portas, levantavam os vidros, desligavam o rádio, essas coisas. Eram algumas marcas que estavam bem consolidadas. E para piorar, os carros das classes A e B costumavam vir com os alarmes da concessionária, o que queria dizer que para vender, tinha que fechar acordos com as concessionárias. Um mercadinho chato de entrar.
Porém, as classes C, D e E estavam cada vez mais comprando carros, principalmente usados. E precisavam de alarmes. E tinha que ser barato.
Eu fiz a coisa mais tosca do mundo: um PIC de 8 pinos, um relé prá cortar o motor, sensor de porta aberta, de ignição... Sirene? Ná, toca a buzina mesmo. Controle remoto? Ná, era um tact switch colado atrás do painel. Uma verdadeira tosquice. Se fosse hoje, calculo que ele tinha um preço de custo entre 30 e 40 reais, incluindo caixa, manual, cabo, ou seja, o produto completo.
O negócio foi bem feito porque a venda era direta, anunciando naqueles programas que passam de tarde e que sequer sabemos que existe. Era uma Tekpix dos alarmes. A empresa mandava um piá na casa do comprador, e ele saía de lá com os cheques pré datados.
Vendeu que nem água.
Tempo de desenvolvimento? Um mês e meio no máximo.
Não tinha nem DSP, nem FPGA. Não foi certificado para ser vendido em 100 países. Não tinha placa multilayer, era face simples de fenolite. A caixa era Patola. O negócio deu grana por quase um ano, quando começaram a entrar porcarias ainda piores no mercado. Tinha um que sequer tinha microcontrolador, era um CD4001 que fazia tudo.
Foi um erro fazer um produto assim? Ele deu uma bela grana e alavancou a empresa. Não foi um erro, foi uma oportunidade que surgiu em um nicho específico.

O que quero dizer: cada caso é um caso. Não queira generalizar tudo pela nicho de mercado que você atua. Eu sei, por exemplo, que a Siemens Telecom tem um histórico de lançar produtos bons no mercado, e que investe o que precisar no desenvolvimento pro treco sair direito. Mas quem é o público alvo do produto? Dá prá comparar com os donos de Fusca, Brasília, Kadett, Gol, que atendíamos? Não, sob nenhum ótica. Se tivéssemos investido num produto melhor, estariam até hoje vendendo? Não, provavelmente não teria vendido nenhum.

Observe o tipo de produto que o Ratinho anuncia. São coisas tão horríveis, que provavelmente você sequer conseguiria engolir. Por que o achocolatado Chocopinho dele não é tão bom quanto um Nescau? Porque é barato, e vende, e dá lucro. O público alvo do Chocopinho não tem dinheiro prá comprar Nescau.

O mercado é vasto, ele não é uma coisa só. E você tem que saber fazer o produto que o mercado quer, não o que você quer.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.
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Mensagempor Djalma Toledo Rodrigues » 31 Mar 2012 16:24

Marcelo Samsoniuk escreveu:a maioria dos fabricantes coloca duas portas USB, uma para espetar um pendrive e outra para espetar no computador. o pendrive ateh eh uma mao na roda, mas ultimamente eu tenho achado mais pratico e rapido tirar uma foto do display e enviar via e-mail. pq? pq eh um peh no saco carregar e usar um pendrive! hehehe


Não vejo maior dificuldade em usar o Pendriver

Uso o Windows Explorer (Melhor Programa do Win)

Click, arrasta e solta, do PC para o Pendriver

ou vice verso

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Mensagempor fabim » 31 Mar 2012 16:50

SAM.
Se hoje eu vendesse um produto seguindo seu raciocino.
Eu teria um produto que hoje é vendido por 15 mil para 20 mil aproximadamente.
Ta vendo estes 5 mil ? Para empresa poder concorrer com china e japão, e índia, já esta dando este desconto !!!
O produto nasceria morto. Entende ?

Bom, E ai quem vai querer as placa ? Mandem email pro marco@asla.com.br .
Mano, ve só.
Sou responsável pelo que escrevo!!! E não pelo que você entende !!!
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Mensagempor msamsoniuk » 31 Mar 2012 17:17

pensa no trampo meo: eu tenho q pedir um pendrive emprestado, ir ateh o laboratorio, espetar no osciloscopio, tentar capturar a imagem, descobrir que nao funciona por algum motivo, tirar do osciloscopio, voltar ao escritorio, espetar no PC, consertar o problema do pendrive (ou tah cheio ou tem algum pau), voltar para o laboratorio, espetar no osciloscopio, eventualmente descobrir que o osciloscopio travou pq deu algum problema na interface usb (ela foi projetada por macacos!), restartar ele, tentar capturar novamente, voltar para o escritorio, copiar a imagem, devolver o pendrive e entao abrir a imagem e ver q nao ficou boa. se o osciloscopio tivesse interface ethernet, eu podia simplesmente estar lah na lanchonete saboreando uma cerva e, pelo meu iphone capturar a imagem remota e jah enviar para o email!

se vc vender a ideia da forma certa, parece bem melhor nao eh nao?!? :D

Djalma Toledo Rodrigues escreveu:
Marcelo Samsoniuk escreveu:a maioria dos fabricantes coloca duas portas USB, uma para espetar um pendrive e outra para espetar no computador. o pendrive ateh eh uma mao na roda, mas ultimamente eu tenho achado mais pratico e rapido tirar uma foto do display e enviar via e-mail. pq? pq eh um peh no saco carregar e usar um pendrive! hehehe


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Mensagempor fabim » 31 Mar 2012 17:34

Certo, iphone na lanchonete tomando cerveja.
E quem é idiota o bastante de ficar trabalhando tomando ceva ?
Mano, ve só.
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Mensagempor msamsoniuk » 31 Mar 2012 17:59

mas vale a pena? a cultura brasileira eh muito imediatista.

faca as contas: vc cobrou por um mes e meio de trabalho. feito o projeto, talvez vc tenha recebido uma parcela, mas apenas por um ano, visto que o produto morreu. em contraste, o projeto de fpga que participei me pagou por um ano e meio de trabalho. e feito o projeto, ele vai engordar minha participacao nos lucros ateh o produto morrer, daqui dez anos.

xultz escreveu:Sam, você tem bastante experiência nesse ramo, principalmente no nicho que atua.
Pois eu tenho algumas experiências também, e vou te contar uma:
Uma vez, fui contratado prá fazer um alarme de carro. Ele tinha uma exigência: tinha que ser barato. Muito barato. Ridiculamente barato. Qual era a situação: havia no mercado vários tipos de alarme, cada vez mais "sofisticados", que fechavam as portas, levantavam os vidros, desligavam o rádio, essas coisas. Eram algumas marcas que estavam bem consolidadas. E para piorar, os carros das classes A e B costumavam vir com os alarmes da concessionária, o que queria dizer que para vender, tinha que fechar acordos com as concessionárias. Um mercadinho chato de entrar.
Porém, as classes C, D e E estavam cada vez mais comprando carros, principalmente usados. E precisavam de alarmes. E tinha que ser barato.
Eu fiz a coisa mais tosca do mundo: um PIC de 8 pinos, um relé prá cortar o motor, sensor de porta aberta, de ignição... Sirene? Ná, toca a buzina mesmo. Controle remoto? Ná, era um tact switch colado atrás do painel. Uma verdadeira tosquice. Se fosse hoje, calculo que ele tinha um preço de custo entre 30 e 40 reais, incluindo caixa, manual, cabo, ou seja, o produto completo.
O negócio foi bem feito porque a venda era direta, anunciando naqueles programas que passam de tarde e que sequer sabemos que existe. Era uma Tekpix dos alarmes. A empresa mandava um piá na casa do comprador, e ele saía de lá com os cheques pré datados.
Vendeu que nem água.
Tempo de desenvolvimento? Um mês e meio no máximo.
Não tinha nem DSP, nem FPGA. Não foi certificado para ser vendido em 100 países. Não tinha placa multilayer, era face simples de fenolite. A caixa era Patola. O negócio deu grana por quase um ano, quando começaram a entrar porcarias ainda piores no mercado. Tinha um que sequer tinha microcontrolador, era um CD4001 que fazia tudo.
Foi um erro fazer um produto assim? Ele deu uma bela grana e alavancou a empresa. Não foi um erro, foi uma oportunidade que surgiu em um nicho específico.

O que quero dizer: cada caso é um caso. Não queira generalizar tudo pela nicho de mercado que você atua. Eu sei, por exemplo, que a Siemens Telecom tem um histórico de lançar produtos bons no mercado, e que investe o que precisar no desenvolvimento pro treco sair direito. Mas quem é o público alvo do produto? Dá prá comparar com os donos de Fusca, Brasília, Kadett, Gol, que atendíamos? Não, sob nenhum ótica. Se tivéssemos investido num produto melhor, estariam até hoje vendendo? Não, provavelmente não teria vendido nenhum.

Observe o tipo de produto que o Ratinho anuncia. São coisas tão horríveis, que provavelmente você sequer conseguiria engolir. Por que o achocolatado Chocopinho dele não é tão bom quanto um Nescau? Porque é barato, e vende, e dá lucro. O público alvo do Chocopinho não tem dinheiro prá comprar Nescau.

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Mensagempor msamsoniuk » 31 Mar 2012 18:09

nao sei como voces fazem as contas ae p/ chegar ao preco final do produto, mas 10 entre 10 empresas que conheco fazem exatamente dessa forma:

Y = custo do produto sem ethernet
dy = custo do circuito da ethernet

mas quando dy << Y (dy muito menor que Y), temos:

Y = Y + dy

portanto o preco continua o mesmo.

alguem vai reclamar que tem algo errado aih... opa! nao tem nao, o custo Y do produto na verdade eh muito maior que o custo da materia prima e o custo de manufatura pq vc esta vendendo inteligencia. e inteligencia custa caro, senao todo mundo fazia e vendia quase de graca.

nao colocar ethernet em um produto hoje em dia eh o mesmo que nao querer colocar led p/ economizar um centavo. o custo de um phy, trafo, conector e protecoes eh completamente irrisorio perto do custo total da solucao.

sei lah, eu penso assim...vc nao precisa pensar como eu penso! ;)

fabim escreveu:SAM.
Se hoje eu vendesse um produto seguindo seu raciocino.
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Ta vendo estes 5 mil ? Para empresa poder concorrer com china e japão, e índia, já esta dando este desconto !!!
O produto nasceria morto. Entende ?

Bom, E ai quem vai querer as placa ? Mandem email pro marco@asla.com.br .
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Mensagempor msamsoniuk » 31 Mar 2012 18:51

Hmmm fumando maconha no gramado talvez?

fabim escreveu:Certo, iphone na lanchonete tomando cerveja.
E quem é idiota o bastante de ficar trabalhando tomando ceva ?
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Mensagempor tcpipchip » 31 Mar 2012 19:24

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Mensagempor fabim » 31 Mar 2012 20:06

tchelo pra mim dy = phy+trafo+conector+ tempo para dominar a pilha tcp + tempo de implementação + documentação + certificação de software + testes + dor de cabeça no INPE + aumento de layout + componentes PTH que aumentam o custo da pci + problemas na anvisa + mais um item para o analise de risco.
Acho que é isso ai encima.
Bom, fabim tem como colocar ethernet nessa placa ? sim!!
Eu pensei em 5 formas diferentes, sem romper uma trilha sequer!!!
Tudo via comunicação nativa via HW, tanto serial quanto SPI!!

Bom...
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