A Hipótese Surpreendente de Crick.

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A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor brasilma » 16 Jan 2014 07:44

Já havia feito um comentário sobre o assunto, porem junto com outros, e acabou acabou ficando perdido...

Esta suposição é muito interessante (absolutamente verdadeira na minha opinião) e muito fácil para programadores compreenderem e concordarem.

O título do post é um dos livros de do biólogo molecular Francis Crick não muito aceito pelos leigos.

Talvez o mérito menor da teoria ocorra por ele ser reconhecido por uma outra muito mais importante, ele é também o co-descobridor da estrutura da molécula do DNA!!!

Portanto é um grande cientista com compreensão sobre a capacidade da complexibilidade de uma estrutura biológica.

A teoria dele diz o seguinte:

Você, a sua alegria e suas tristezas, suas memórias e ambições, seu senso de identidade pessoal e livre arbítrio são, na verdade, nada mais do que o
comportamento de vastos grupamentos de células nervosas e moléculas associados (Crick, 1994, p.3).

A interação entre células neurais ocorre por meio de neurotransmissores que, quando estimulados, nos levam a pensar, andar, sentir, falar. Essas sensações/informações são constituídas e gravadas para serem usadas ao longo de nossas vidas.

Crick investiga como a atividade neuronal se correlaciona com a consciência e porque determinados grupos neurais estão envolvidos em certos
estados de consciência. Ele afirma que a compreensão do comportamento dos seres humanos depende do entendimento do comportamento dos neurônios, tanto individualmente como em grupos.

A proposta central de Crick é a afirmação de que toda consciência é representada por alguma forma de NCC (neuronal correlates of consciousness) –
correlatos neurais da consciência (Crick, 1994). A partir dessa proposta, duas questões se colocam; a primeira é: como as células neurais trabalham em conjunto para formar e identificar um objeto? Esta questão é chamada de “problema da integração” (binding problem). Isto significa perguntar: ao vermos uma maçã, como o cérebro integra suas características (cor, forma, odor, gosto) e as nossas vivências passadas, tornando esta experiência algo único? Outra questão é: como o NCC pode explicar os qualias? Estes seriam, grosso modo, o aspecto fenomenal da nossa vida mental, ou seja, o relato subjetivo de uma experiência. Dizer isso significa, por exemplo, considerar que a minha sensação de dor possui um caráter subjetivo inalienável, próprio desta experiência e que apenas eu teria acesso a estas características.

E segue analisando características da estrutura cerebral...
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor msamsoniuk » 16 Jan 2014 10:06

dah uma olhada nisso:

http://www.artificialbrains.com/darpa-synapse-program

e eu vi nos ultimos meses N propostas do DARPA querendo financiar pesquisas nessa area. uma delas, para vc ter ideia, era para desenvolver um implante eletronico para ex-combatentes que perderam parte da capacidade cerebral! +_+
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor brasilma » 16 Jan 2014 10:40

Existe um ambicioso projeto (muito maior do que o do genoma) de mapear o cérebro humano (em português aqui>>) http://medepop.blogspot.com.br/2013/04/ ... quisa.html ou http://www.humanconnectomeproject.org/

Eles utilizam um tomografo por ressonância magnética modificado para mapear o caminho das informações no cérebro.

Outro projeto japonês, utilizando a mesma tecnologia, afirmam poder ler sonhos http://gizmodo.uol.com.br/cientistas-po ... -cerebral/

Imaginem o potencial disto?

Quando compreendermos como o cérebro funciona, não serão mais necessários interrogatórios, bastará ler a mente do cidadão, conhecimentos poderão ser implantados, problemas neurológicos resolvidos, melhoria e expansão de funcionamento.

Filmes como MATRIX, Sexto dia, Vingador do Futuro dão pistas...
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor brasilma » 16 Jan 2014 12:26

Um processador digital Intel Core i7 possui 731 milhões de transistores, é estimado que nosso cérebro analógico possua 100 bilhões de células nervosas interligadas por 100 trilhões de conexões.
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor j.silvestre » 16 Jan 2014 12:42

Filmes como MATRIX, Sexto dia, Vingador do Futuro dão pistas...



Talvez um dos primeiros filmes sobre isso... acho eu...

Freejack: Os Imortais

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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor brasilma » 16 Jan 2014 13:25

Isso mesmo J., tenho "medo" do que será possível a humanidade no futuro, se não se auto destruir...
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor msamsoniuk » 17 Jan 2014 01:26

brasilma escreveu:Um processador digital Intel Core i7 possui 731 milhões de transistores, é estimado que nosso cérebro analógico possua 100 bilhões de células nervosas interligadas por 100 trilhões de conexões.


tenha medo:

http://userwww.sfsu.edu/necrc/files/the ... avalli.pdf

o cara usou uma XC3S500E de 9000 LUTs e falou que poderia simular 3000 neuronios nela. entao se vc pegar a FPGA mais avancada disponivel hoje, vc vai conseguir simular quase 1 milhao de neuronios! sabendo que a tecnologia dobra a densidade a cada 2 anos e que 1 milhao para 100 bilhoes de neuronios vc precisa dobrar 17x, em meros 34 anos vc vai ter uma FPGA capaz de simular um cerebro inteiro! agora, a grande duvida que eu tenho eh em relacao a velocidade: nitidamente a FPGA pode trabalhar acima de 100MHz enquanto nosso cerebro malemal percebe as coisas se elas se mexerem a 100Hz... entao como fica essa diferenca? uma FPGA com densidade equivalente ao cerebro humano vai conseguir ler livros 1 milhao de vezes mais rapido? se for, a FPGA vai viver o equivalente a 100 anos em meros 52 minutos! de fato, em 9 horas a FPGA acumularia conhecimento equivalente a 1000 anos e essa FPGA provavelmente teria bagagem tecnica para invadir os sistemas de defesa americanos e russos causando uma guerra termonuclear total, exterminando a humanidade e dando inicio ao dominio das maquinas! +_+
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor mastk » 17 Jan 2014 07:47

Ai chega-se a duas questoes:

1 - Nao devemos fazer tudo o que podemos.

2 - Como eu ainda nao tenho um processador de 15Ghz no meu Desktop, nao creio que se chegue tao rapido a uma emulacao do sistema nervoso por completo e em algo que nao ocupe uma area imensa.
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor brasilma » 17 Jan 2014 08:05

Coloquei a comparação entre o número de transistores e neurônios apenas por curiosidade, os sistemas são diferentes, um é analógico e outro digital, a forma de armazenamento analógica do cérebro, por exemplo, pode ser muito mais eficiente que a digital, por outro lado, com certeza a velocidade de processamento digital é mais rápida.

Prosseguindo a evolução dos sistemas digitais, é inevitável que um dia atinjam a mesma nossa.

Porem, a partir dos estudos sobre o cérebro que começam a ser feitos, também é possível imaginar que também poderemos conseguir desenvolver as nossas "CPUs".
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor mastk » 17 Jan 2014 09:03

brasilma escreveu:Coloquei a comparação entre o número de transistores e neurônios apenas por curiosidade, os sistemas são diferentes, um é analógico e outro digital, a forma de armazenamento analógica do cérebro, por exemplo, pode ser muito mais eficiente que a digital, por outro lado, com certeza a velocidade de processamento digital é mais rápida.

Prosseguindo a evolução dos sistemas digitais, é inevitável que um dia atinjam a mesma nossa.

Porem, a partir dos estudos sobre o cérebro que começam a ser feitos, também é possível imaginar que também poderemos conseguir desenvolver as nossas "CPUs".


Todos nos que trabalhamos com tecnologia nao acreditamos em limites, porem eles existes, seja por velocidade de processamento, seja por integracao, salvo que alvo muito revolucionario apareca, essa posibilidade me parece remota.

Entretanto, ja vivemos em um pesadelo criado pela ciencia no que muitos chamam de pos modernidade. Eh aquela, loucura eh importante aos olhos do saudaveis, para o louco, a insanidade eh algo do dia a dia e sem nenhuma relevancia.
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor msamsoniuk » 17 Jan 2014 09:47

nao eh querer ser alarmista ou pessimista, mas nao tenha duvidas: a humanidade vai ficar completamente obsoleta em no maximo 100 anos.
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor mastk » 17 Jan 2014 10:17

Defina humanidade Sam.

O que acho eh que teremos engenharia genetica, computacao vestivel e talvez implantes para otimizar o corpo.
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor MOR_AL » 17 Jan 2014 11:31

Já pensei um pouco sobre o assunto e tenho algumas conclusões. É claro que posso estar errado, mas dá o que pensar.

Para onde vamos?
Parece ser uma pergunta vaga, então vamos divagar um pouco.
Estamos aumentando o conhecimento humano.
A tecnologia das comunicações entre humanos está aumentando.
A tecnologia de um modo geral está aumentando.
É fato que a nano tecnologia e a mecatrônica irão evoluir a ponto de substituir quase todos os órgãos humanos. Nossa expectativa de vida vai aumentar.
Queremos viver por mais tempo. Por muito mais tempo. Com o aumento do conhecimento, se não nos destruirmos, poderemos adquirir tanto conhecimento, que quase tudo poderá ser realizado. Mas ainda há uma restrição básica.
O ser humano foi evoluindo ao longo de, digamos alguns milhões de anos, dentro das condições do laboratório Terra. Não fomos evoluindo no espaço, onde se pode estender nosso conhecimento, com viagens espaciais. A Terra, de nosso lar, passaria a ser considerada nossa prisão. Com o aumento do conhecimento, naturalmente concluímos que uma máquina tem melhores condições e menores restrições para explorar o espaço. O conhecimento inserido nas máquinas nos tornaria obsoletos. Não vejo isso como nossa aniquilação, apesar de ser o que provavelmente ocorrerá, mas vejo isso como evolução a longo prazo. A humanidade agora se transformou em andróides, com tempo de vida só limitado aos acidentes, mas com a evolução, os acidentes também podem ser suplantados. Por sermos agora andróides, possuímos memória que pode ser “becapeada em tempo real”. Um grande computador central abrangerá toda a experiência de todos nós. Um acidente que resulte na destruição de um ser, poderá ser consertado facilmente. Para tal bastará construir nova unidade (hardware) e fazer um download do que se encontra salvo no computador central (software). Aliás, é contraproducente existirem seres com a memória de toda uma vida ilimitada e com conhecimento que não se encontra disponível aos outros seres, já que esta pode ser armazenada em segurança no computador central. O ser poderia apenas possuir o suficiente de funções para ser funcional. Para maiores e mais complexas atividades, bastaria receber o download do computador central.
Mas onde poderia estar localizado este PC central? É óbvio que não poderia estar localizado na Terra, pois nosso sistema solar, com o tempo, vai deixar de existir. Deve haver mais de um PC central distribuídos pelo universo. Controlando o tempo, espaço, em alguns milhares de anos, ou milhões, quem sabe, estaríamos nos aproximando do conceito divino. Até o hardware passaria por uma evolução tal que para efetuar tarefas mecânicas, mesmo ele seria dispensado. Na realidade a necessidade de hardware deixou de fazer sentido, pois a esta altura, já nos transformaríamos em algo que hoje chamo de energia pura, mas que amanhã haveria outra conotação. Mesmo o universo em que estamos vivendo hoje poderia ser parte do multiverso que ocuparíamos amanhã. O fim de um universo não implicaria no fim da nossa civilização.
Pensem bem se isso já não deve ter ocorrido com outra civilização.
Parece que o sistema solar se formou em cerca de 4,5 bilhões de anos e que a evolução humana tem 4,5 milhões de anos. Em termos absolutos isso é pouco tempo.
Imagine um sistema solar alienígena que se formou no início do bigbang, há 17 bilhões de anos.
É pura matemática do primeiro grau. 17 bilhões menos 4,5 bilhões é igual a 12,5 bilhões de anos.
Digamos que uma civilização se formou há apenas 6 bilhões de anos. É impossível imaginarmos onde esta civilização chegou em 6 bilhões de anos de cultura. Teriam o conceito do que conhecemos hoje como Deus.
Agora imagine um universo dentro do multiverso, que seja ainda mais velho, ou que uma civilização vem pulando de universo a universo, na medida que o anterior esteja no seu fim.
É muito estranho considerar que de um bigbang de energia, fora concebido um cérebro que possa pensar e retroceder à existência do universo a ponto de alterá-lo. É como subir puxando os cadarços dos tênis.
Em tempo: Não uso drogas, hehehe!
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor xultz » 17 Jan 2014 12:26

Eu acho que isso não vai acontecer, acredito que será diferente.
Pense na primeira cena do filme 2001: a aurora da humanidade ocorreu quando o homem inventou a primeira ferramenta. Por que ela foi tão importante? Porque ela se tornou uma extensão do corpo e proporcionou capacidades que anteriormente ou não existiam, ou eram inferiores.
Aí a gente avança rapidamente para daqui a alguns anos, e inventam um implante ocular que permite enxergar melhor, no escuro, com memória fotográfica, etc. Este implante torna o olho obsoleto? Não, ele é uma ferramenta, que proporcionou capacidade que antes eram inferiores.
Pode ser que um dia alguém invente um robô igual dos Jetsons que limpe a casa, cozinhe o almoço, etc. Nossa, que legal, mas continua sendo uma ferramenta. Por melhor que seja um sistema desenvolvido, com aparente consciência, etc etc, ele será um reflexo de quem o criou, ele será feito à imagem e semelhança, mas não tornará o criador obsoleto.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.
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Re: A Hipótese Surpreendente de Crick.

Mensagempor j.silvestre » 17 Jan 2014 12:35

opa lembrei de mais um filme:

vanilla sky, este é mais real tem o cara do suporte para resolver os problemas.

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