ASM51

Eu aprendi alguma coisa sobre Eletricidade Estática mas isso foi em mil novecentos e bolinha, não me lembro mais.
Pesquisei sobre o assunto no google e encontrei bastante teoria, só que não encontrei nada que explicasse exatamente o que eu quero saber, pois bem, ai vai.

Eu sei que tem a ver com o choque que você toma na porta do carro, na maçaneta da porta da geladeira, no elevador e também tem a ver com os estalos que você ouve quando tira uma blusa de lã ou quando passa o braço na tela da TV (a minha ainda é de TRC).
Sei que é a explicação para os relâmpagos, para as correntes que os caminhões tanque arrastam pelo chão, do flash que aparece algumas vezes embaixo do avião quando ele esta pousando e provavelmente foi a causa do acidente da base aeroespacial de Alcântara.
Também sei que este é o mesmo motivo para a o alerta da necessidade de se usar pulseira ant-estática antes de trabalhar complacas eletrônicas, mas é exatamente aqui que mora a minha dúvida e finalmente cheguei onde eu queria....

Tudo bem que é uma alta tensão que não temos condições de detectar se estamos portando ou não, mas porque alguns componentes suportam descargas eletrostáticas e outros não? O que impede de usar a mesma tecnologia de proteção em todos os componentes? Até onde sei basta instalar um Zener dentro do chip no terminal de I/O e esta resolvido o problema, não é isso? Essa solução ja esta sendo usada a anos, porque até hoje fazem componentes sensiveis a eletricidade estática?

Estou revoltado pois acho que mandei para o espaço um acelerômetro de R$20,00 por falta de uma pulseira ant-estática.

Um abraço a todos e desculpe pelo tamanho do texto.

É o seguinte: todo controle de estática em componentes eletrônicos tem uma determinada tolerância. A maioria dos componentes que a possuem especifica quantos V ou J ele suporta. O problema é que você também não sabe quantos V ou J tá carregando agora. Isso vai depender da humidade do ar, do tipo de roupa e calçado que tá usando, etc etc.
Alguns componentes precisam de proteção por norma, por exemplo os conectores que ficam com pinos para fora de um computador precisam tolerar uma determinada carga estática, mas é um valor razoável, que pode ser excedido em uso normal em condições mais extremas.
Outra questão é que uma proteção antiestática pode afetar o comportamento de saída de um componente. Um diodo em paralelo com uma saída de um dispositivo de muito alta velocidade pode gerar uma capacitância que destrói a qualidade do sinal.

Por isso, o buraco é mais embaixo.

Acho que esse post e mais psicologico, enquanto ele escrevia esfria um pouco a cabeca e esquecia do prejuizo.
Edson

Em parte pode até ser EDSONCAN, realmente esta é a unica explicação pois se eu colocar um componente novo no lugar do suposto falecido o negócio começa a funcionar (não do jeito que eu queria mas pelo menos da sinal de vida...rs...), confesso que fiquei modido com essa burrada a ponto de querer colocar a culpa no fabricante, "outra burrada" pois se ele pudesse colocar uma proteção, é óbvio que ele colocado assim como explicou o nosso amigo xultz, que aliás, obrigado.
Mas que é F*** é....

Hehe... isso me lembra aqueles vendedores "não muito bem informados" de computador, que compram a placa-mãe e o montam em cima do carpê de casa.

Dá até arrepio só de pensar... e depois reclama com o fabricante: P****, essa m... de placa que vc vendeu não funciona...

Em 84, quando comecei a brincar com eletrônica, a coisa era muito pior, os CMOS queimavam só de olhar feio para eles, hoje estamos no Céu.

pbernardi escreveu:Hehe... isso me lembra aqueles vendedores "não muito bem informados" de computador, que compram a placa-mãe e o montam em cima do carpê de casa.

Dá até arrepio só de pensar... e depois reclama com o fabricante: P****, essa m... de placa que vc vendeu não funciona...

pbernardi, pra falar a verdade eu nem sei se foi realmente por isso que o meu componente se danificou, afinal de contas estou trabalhando em um protótipo e apesar de tomar quase todas as precauções você deve saber melhor que eu como como uma placa destas fica durante os testes.
Sou ciente do que o brasilma disse, e sei que hoje em dia mesmo os componentes que o fabricante anuncia ser sensível a eletricidade estática suportam muitas vezes mais que os antigos e que a chance de você danifica-lo desta forma é pequena, mas existe.
Em toda minha vida proficional eu trabalhei usando equipamentos apropriados, tanto ferramentas quanto equipamentos de segurança, até mesmo em casa eu tomo as devidas precauções quando possível.
Eu só fiz esta suposição porque foi o que me veio na cabeça depois que eu encontrei o problema e ja que o meu computador estava na minha frente eu resolvi escrever na esperança de receber alguns esclarecimentos técnicos mas tive a infelicidade de querer compartilhar também a minha revolta. Só que de comentário técnico apareceu muito pouco e ja vi que eu deveria ter escrito isso era mesmo na secção do Buteco.

Olá Regis,

Tudo que comentou está perfeitamente correto, componentes que utilizam a tecnologia FET (transistor de efeito de campo) são muito sensiveis a eletricidade estática, justamente por trabalharem com tensão de controle ao invéz de corrente como nos bipolares.

Medidas anti-estáticas simples como se descarregar, tocando alguma peça de metal aterrada - uma janela, torneira, etc - antes de pegar o componente, e depois de estar com ele nas mãos, tocar a carcaça ou o terra do circuito onde ele irá ser inserido já resolvem muita coisa.

Abraços,
MArco(s).

Pois é, o ideal é trabalhar com pulseira anti-estática em lugar aterrado. Calçado anti-estático também serve, mas tem que ter um chão anti-estático tb, senão não adianta nada.

Estática é aquela coisa: pode nunca ter acontecido com vc, mas sempre pode acontecer naquele componente único, ou no caro, ou quando você não tem tempo... na dúvida é melhor tomar as precauções mesmo.

Ai está o porque não ter diodinho que aguente
a porrada:



E, na verdade, se fabricam componentes com boa proteção ESD. Só esqueceram de avisar isso pra ESD.

Abço.