Atlas Shrugged - Quem é John Galt?

Enviado:
10 Fev 2014 14:37
por brasilma
Atlas Shrugged, Quem É John Galt? ou A Revolta de Atlas
Ayn Rand ( escritora, dramaturga, roteirista e filósofa norte-americana de origem judaico-russa, mais conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo) é considerada um dos autores mais influentes e controversos do século 20. Opus magnum de Rand, Atlas Shrugged, foi publicado em 1957. Trinta e cinco anos mais tarde, pesquisa da Biblioteca do Congresso relatou que Atlas Shrugged foi o segundo livro mais influente já escrito - perdendo apenas para a Bíblia.
Asisti o episódio 2 desta filme de mistério e ficção científica politizada, os conceitos são muito interessantes sob vários aspectos, assistam!!!
Sinopse
A ação do romance transcorre num futuro indefinido nos Estados Unidos, quando as forças políticas "de esquerda" (socialistas ou sociais-democratas) já estão no poder. O país entrou em decadência e a economia caminha para o colapso. Esta obra se revela de enorme atualidade e interesse para o Brasil no início do século XXI. As políticas públicas adotadas na ficção de Ayn Rand são, em grande parte, iguais às em vigor no Brasil de hoje. Os slogans e chavões são os mesmos. Até os principais políticos da ficção têm as mesmas linhas de raciocínio e sofrem os mesmos defeitos de caráter dos políticos brasileiros da atualidade. John Galt é o principal personagem do livro. Ele conduz uma misteriosa greve dos homens "que pensam". Algumas das falas do livro tornaram-se clássicos em defesa do capitalismo, com o “discurso sobre o dinheiro”.
Re: Atlas Shrugged - Quem é John Galt?

Enviado:
10 Fev 2014 15:23
por brasilma
O discurso de John Galt << Legendas do vídeo acima...
Por doze anos você tem perguntado "Quem é John Galt?". Aqui é John Galt falando. Eu sou o homem que levou embora suas vítimas e assim destruiu o seu mundo. Você ouviu dizer que esta é uma era de crise moral e que os pecados do Homem estão destruindo o mundo. Mas sua principal virtude tem sido o sacrifício, e você pede mais sacrifícios a cada novo desastre. Você sacrificou a justiça em nome da misericórdia, felicidade em nome do dever. Então, porque você tem medo do mundo ao seu redor?
Seu mundo é somente o produto dos seus sacrifícios. Enquanto você estava arrastando para os altares do sacrifício os homens que tornaram possível sua felicidade, eu o venci. Eu cheguei primeiro e contei para eles o jogo que você estava jogando e onde isso iria os levar. Eu expliquei as consequências da sua moralidade de 'amor entre irmãos', que eles tinham sido inocentemente generosos demais para entender. Você não irá encontrá-los agora, quando você precisa deles mais do que nunca.
Nós estamos em greve contra seu credo de recompensas não merecidas e deveres não recompensados. Se você quer saber como eu os fiz desistir, eu contei a eles exatamente o que estou dizendo a você esta noite. Eu ensinei para eles a moralidade da Razão - que era certo buscar a própria felicidade como principal sentido da vida. Eu não considero o prazer de outros como o sentido da minha vida, nem considero que meu prazer deva ser o sentido da vida de outra pessoa.
Eu sou um comerciante. Eu obtenho tudo o que tenho em troca das coisas que eu produzo. Eu não peço nada mais nem nada menos do que eu fiz por merecer. Isto é justiça. A força é um grande mal que não tem lugar num mundo racional. Não se pode jamais forçar um ser humano a agir contra seu próprio julgamento. Se você nega a um homem o direito de raciocinar, você deve negar seu próprio direito ao seu próprio julgamento. No entanto você permitiu que seu mundo seja governado por meio da força, por homens que alegam que medo e alegria são incentivos similares, mas medo e força são mais práticos.
Você permitiu que tais homens ocupassem posições de poder no seu mundo pregando que todos os homens são maus desde o nascimento. Quando homens acreditam nisso, eles não vêem nada errado em agir como quiserem. O nome desse absurdo é 'pecado original'. Isso é impossível: o que está fora da possibilidade de escolha está também fora do alcance da moralidade. Chamar de pecado algo que independe da escolha do homem é fazer piada da justiça. Dizer que os homens nascem com livre arbítrio mas com uma tendência à maldade é ridículo. Se a tendência é uma escolha, não veio ao nascer. Se a tendência não é uma escolha, então o homem não tem livre-arbítrio.
E então surge a sua moralidade de 'amor entre irmãos'. Porque é moral servir aos outros, mas não a você mesmo? Se a felicidade é um valor, porque é moral quando sentida pelos outros, mas não por você? Porque é imoral produzir uma coisa de valor e guardar para si mesmo, quando é moral para os outros, que não a produziram, aceitá-la? Se há virtude em dar, não é então egoísmo receber?
Sua aceitação do código do altruísmo faz você temer o homem que tem um dólar a menos que você porque isso faz você sentir que esse dólar é, por direito, dele. Você odeia o homem com um dólar a mais que você porque o dólar que ele está guardando é seu por direito. Seu código tornou impossível saber quando é hora de dar e quando é hora de tomar.
Você sabe que não pode dar tudo o que tem e morrer de fome. Você se forçou a viver com uma culpa irracional e não merecida. É apropriado ajudar outro homem? Não, se ele cobra isso como se fosse um direito dele ou como algo que você deve a ele. Sim, se é a sua própria escolha, baseada no seu julgamento do valor daquela pessoa e suas dificuldades. Este país não foi construído por homens que buscavam coisas grátis. Na sua brilhante juventude, este país mostrou ao resto do mundo que a grandeza era possível ao Homem e que felicidade era possível na Terra.
Então o país começou a se desculpar por sua grandeza e começou a dar sua riqueza, sentindo-se culpado por ter produzido mais que seus vizinhos. Há 12 anos atrás eu percebi o que estava errado no mundo e onde a batalha pela Vida tinha que ser lutada. Eu vi que o inimigo era uma moralidade invertida e que minha aceitação desta moralidade era seu único poder. Eu fui o primeiro dos homens que se recusaram a desistir de buscar sua própria felicidade porque eu não queria apenas servir aos outros.
Para aqueles de vocês que ainda guardam um resquício de dignidade e a vontade de viver suas vidas por vocês mesmos, ainda há chance de fazer a mesma escolha. Examine seus valores e entenda que você deve escolher um lado. Qualquer meio-termo entre o bem e o mal somente serve para ferir os bons e ajudar os maus.
Se você entendeu o que eu disse, pare de apoiar seus destruidores. Não aceite a filosofia deles. Seus destruidores seguram você por causa de sua resistência, sua generosidade, sua inocência e seu amor. Não destrua a si mesmo para ajudar a construir o tipo de mundo que você vê ao seu redor. Em nome do melhor que há em você, não sacrifique o mundo por aqueles que irão tomar sua felicidade por causa dele.
O mundo irá mudar quando você estiver pronto para pronunciar este juramento:
Eu juro pela minha Vida e pelo meu amor por ela que nunca irei viver em função de outro homem, nem vou pedir a outro homem que viva em função de mim.
Re: Atlas Shrugged - Quem é John Galt?

Enviado:
11 Fev 2014 03:43
por mastk
Pessoal, leia o livro.
Eu li e recomendo fortemente, vou assistir essa versão, Brasilma, mas vão por mim, é um livro fantástico, também:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22285315
Re: Atlas Shrugged - Quem é John Galt?

Enviado:
11 Fev 2014 07:14
por brasilma
Para dar uma idéia do conteúdo da história, em uma parte no segundo episódio, quando Hank Rearden, inventor de uma formula de um aço com propriedades superiores, tem de se defender num tribunal contra o poder que estava tentando tomar sua patente e obrigá-lo a fabricar e vender seu produto por um preço estabelecido por eles, diz que poderiam prendê-lo mas não faria isso, então o juiz o condena a 10 anos e multa, e diz que a pena está suspensa em seguida - pois precisavam dele, algum tempo depois aparece uma pessoa em sua empresa com fotos comprometedoras, e para não prejudicar a outra pessoa envolvida, assina os papeis e passa tudo para o estado.
Pelos comentários sobre a obra que li após assistir o filme, senti que o filme poderia explorar melhor a questão e talvez tenha sido feito meio as pressas, mesmo assim ainda é um bom filme e dá para ter uma boa ideia.