Ufanismo exarcebado a parte, a informatização de eleição pouco tem de inventividade...
Poderia-se votar até por celular (sms) e o que teríamos de inventividade nisso?
Se há cautela no uso de urnas eletrônicas em países mais evoluídos tecnologicamente se deve a 2 fatores:
- Possibilidade de fraude (se não houver possibilidade de auditoria) e;
- Possibilidade de quebra do sigilo do voto;
No entanto, o mundo evoluiu, e a utilização de meios informatizados nas eleições se tornou inevitável.
Sendo assim muitos países foram adotando paulatinamente o uso de urnas eletrônicsa em suas eleições, sempre mostrando visível a preocupação com a possibilidade de auditoria para evitar fraudes.
O Brasil, entretanto, segue atrasado em relação a segurança e confiabilidade de suas urnas eletrônicas e, por vezes, jactanciando-se de sua pseudo-modernidade...
Uso em outros países
Máquinas DRE de 1ª geração começaram a ser usadas em experiências
na Índia em 1990,
na Holanda em 1991 e
no Brasil em 1996, onde passaram a receber a denominação de "urnas eletrônicas". E foi no Brasil que pela primeira vez, em 2000, todos os eleitores votaram em urnas eletrônicas.
Porém, em 2008, depois de 17 anos das primeiras experiências, o uso de máquinas DRE sem comprovantes impressos do voto foi proibido na Holanda por falta de confiabilidade.
Atualmente, apenas na Índia e no Brasil se continua a usar urnas eletrônicas de 1ª geração sem voto impresso (VVPAT).
Na Venezuela, em 2004, foi adotado o "modelo DRE com voto impresso", de 2ª geração.
Na eleição presidencial na Rússia, em fevereiro de 2008, foi utilizado um modelo de máquina de votar com voto escaneado, de 2ª geração, para uso em recontagens regulares.
No Paraguai foram feitas experiências com as urnas eletrônicas brasileiras entre 2003 a 2006, mas em 2008 o seu uso foi proibido por falta de confiança no equipamento pelos partidos de oposição.
Em março de 2009, máquinas DRE de 1ª geração, sem voto impresso, foram declaradas inconstitucionais na Alemanha pela mais alta corte judicial do país, por não atenderem o Princípio da Publicidade no processo eleitoral, isto,é, por não permitirem ao eleitor conferir o destino do seu voto sem precisar de conhecimento técnicos especializados.
Nos EUA, em 2007, foi re-editada a norma técnica para equipamentos eleitorais "Voluntary Voting System Guidelines" pelo órgãos federais norte-americanos EAC (Election Assistance Commission) e NIST (National Institute of Standards and Technology) na qual máquinas DRE sem voto impresso foram descredenciadas por não atenderem o "Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais". A re-edição de 2009 dessa norma técnica mantém a exigência de sistemas de 2ª geração.
Até agosto de 2008, trinta e nove estados dos Estados Unidos, três estados do México e algumas províncias do Canadá criaram leis que exigem o voto impresso conferido pelo eleitor em urnas eletrônicas e não autorizam que a identificação biométrica do eleitor seja feita na própria máquina de votar.
Em 2011, a Argentina iniciou a implantação de equipamentos eletrônicos Vot-Ar[14] de 2ª geração, com registro simultâneos impresso e digital do voto. Na Província de Salta, 33% dos eleitores votaram nas novas urnas com voto impresso e a previsão é de ampliar para 66% em 2013 e 100% dos eleitores em 2015.
Na eleição municipal de 09/out/2011 na cidade de Resistência, capital da Província Del Chaco no norte da Argentina o desempenho do equipamento eleitoral Vot-Ar argentino foi descrito no 2º Relatório do CMind.
Na Bélgica, a adoção de urnas de 2ª geração com voto impresso ocorreu em 2012.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urna_eletr%C3%B4nica
andre_teprom escreveu:Ponto para a inventividade nacional.
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