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Mensagempor brasilma » 23 Nov 2011 18:13

Outra coisa que acho um absurdo e também é utilizada como argumento pelo "engenheiro" do do texto, é relacionar a questão do desmatamento com o a área ocupada pelo lago da usina, não se pode utilizar um erro para justificar outro.

Na verdade, a energia produzida pela usina, vai fornecer incentivos para que mais gente se fixe na região, causando mais destruição a mata.

Tem esses aqui também...

http://g1.globo.com/economia-e-negocios ... nicos.html
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Mensagempor EvandrPic » 23 Nov 2011 21:19

Eu achei que os números eram bem desfavoráveis a Belo monte, pelo tanto que se fala nessa energia firme de 40%, mas na verdade é um percentual muito bom. Muito próximo ao de Tucuruí.

Nessa reportagem que você postou de 22/04/10 diz:
Belo Monte tem energia firme de 40% da capacidade.
Itaipu tem energia firme de 61% da capacidade.
Tucuruí tem energia firme de 49% da capacidade.


Certamente o percentual da hidrelétrica de 3 Gargantas também deve ficar abaixo dos 50% Visto que com seus 22,5 GW instalados não consegue produzir anualmente mais que Itaipu com seus 14 GW e Itaipu tem 61% de energia firme.

Logo, pra mim esse argumento dos 40% de energia firme não serve visto que está bem próximo quando comparado com a usinas do porte de Belo Monte.



DCI: “Que Belo Monte venha logo”

Nicias Ribeiro, engenheiro eletrônico formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é categórico: “Que Belo Monte venha o mais rápido possível”. – Seu entusiasmo se justifica: “A barragem é uma delas. Haja vista que, com uma barragem bem menor, terá uma potência instalada superior à de Tucuruí e quase a de Itaipu. O chamado lago de Belo Monte ocupará uma área de 516 km², enquanto Tucuruí utiliza um reservatório de 2.430 km², e Itaipu, de 1.350 km²”, aponta.

Segundo o engenheiro, se dividirmos a potência instalada pelo tamanho do lago, o ganho de Belo Monte é da ordem de 21,77 MW/km², superior ao das Três Gargantas, na China. “E imensamente melhor que Itaipu e mais ainda que Tucuruí. Na verdade, neste aspecto, Belo Monte só perde para a hidroelétrica de Xingó”, informa.

Diferentemente de outras hidroelétricas, a Usina Hidrelétrica Belo Monte não acabará com nenhuma cidade, vila ou povoado. Mesmo porque não irá desalojar pessoas em massa, como foi o caso, por exemplo, da hidroelétrica chinesa das Três Gargantas, que desalojou mais de um milhão de famílias e acabou com verdadeiros tesouros arqueológicos.

“Quando se fala no desalojamento de mais de 4 mil famílias, não se diz que moram no centro urbano da cidade de Altamira, às margens dos igarapés Altamira, Ambé e Panelas, e que são desalojadas todos os anos, a cada inverno, devido à enchente natural do rio Xingu”, diz Ribeiro, explicando que essas famílias serão transferidas para moradias condignas.

Quanto aos chamados ribeirinhos, existe uma enorme falácia, devido ao desconhecimento da geografia local, informa Ribeiro. “Xingu é um rio totalmente diferente dos demais. Como foi dito em carta a Sua Majestade D. Maria I, A Louca, o Xingu, muito embora seja o mesmo curso de água, na verdade são dois rios, o rio de cima e o rio de baixo, que se encontram numa cachoeira que os índios chamam de Kararaô, hoje Belo Monte”, explica o engenheiro.

http://www.blogbelomonte.com.br/tag/tres-gargantas/





brasilma escreveu:Outra coisa que acho um absurdo e também é utilizada como argumento pelo "engenheiro" do do texto, é relacionar a questão do desmatamento com o a área ocupada pelo lago da usina, não se pode utilizar um erro para justificar outro.

Na verdade, a energia produzida pela usina, vai fornecer incentivos para que mais gente se fixe na região, causando mais destruição a mata.

Tem esses aqui também...

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Mensagempor brasilma » 23 Nov 2011 22:36

Agora sim...

Alguns erros de avaliação:

Não é correto dividir a potência instalada pelo tamanho do lago e fazer comparações, pois "capacidade instalada" não significa "energia gerada"!!!

Apenas por quatro meses ao ano ela terá água suficiente, justamente por esta razão sua capacidade de produção média anual será de 4,571GW.

Portanto se dividirmos esta capacidade produtiva pela área do seu lago 668Km^2* obteremos 6,84MW/Km^2.

Nos oito meses quando o volume hídrico é baixo ficará ociosa (gostaria de saber de onde virá a energia para suprir).

*Este é o valor do lago atual http://www.adital.com.br/site/noticia.a ... &cod=46835

O número de pessoas que serão desalojadas pelas obra é de 20-40 mil.
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Mensagempor EvandrPic » 24 Nov 2011 00:07

Brasilma, você está lendo direito?
Essa sazonalidade afeta todas as outras grandes hidrelétricas também.
Belo Monte tem energia firme próxima (maior) a de Tucuruí que tem um reservatório de 2.430 km² (4,5 vezes maior).
Se com um reservartório 4 vezes maior ela só consegue 49% de energia firme durante o ano, isso mostra como Belo Monte com seus 40% de energia firme e 516 km² são superiores.

O número de pessoas desalojadas não chega a 10.000.... Muito menos do que os mais de 1.000.000 da hidrelétrica de Três Gargantas.
Remanejar essas pessoas é um gasto irrisório e altamente vantajoso para estas pessoas.


Por falar em críticos, uma das principais reivindicações é o custo-benefício da usina. Ela só funcionaria quatro ou seis meses no ano devido a vazão do rio. Não é muito pouco para o empreendimento dessa envergadura?
É importante esclarecer isso. Belo Monte vai funcionar como todas as outras usinas hidroelétricas. Normalmente, você tem muito bem dividido, ao longo do ano, dois regimes hidrológicos. Você tem regimes, digamos, de hidrologia bastante favorável e você tem o regime hidrológico bastante desfavorável, que são dois momentos: o período úmido e o período seco. Então você pega agora o final de dezembro até julho, o período chamado úmido, porque é quando ocorrem as chuvas. E essa chuva se intensifica até março, então isso faz com que os reservatórios fiquem cheios. Nesse período, faz a operação máxima da usina, ou seja, você opera a usina em sua capacidade máxima. De julho pra frente, até novembro, dezembro de novo, as chuvas cessam, então a capacidade da usina reduz. Bem, só que essa capacidade máxima e essa capacidade mínima, elas te dão uma energia chamada energia média. Então vamos pegar, por exemplo, Tucuruí, que gera 8.000 MW no período úmido e gera alguma coisa em torno de 2.000 MW no período seco. A energia assegurada de Tucuruí é 4.140 MW, que é uma média entre esses dois períodos. No caso de Belo Monte não será diferente, você vai ter 11.000 MW no período cheio e depois vai ter um valor bem baixo, em torno de 800, 1000 MW. Mas a energia assegurada em Belo Monte é a energia que pode ser comercializada. O sistema de energia elétrica brasileiro é todo interligado. Belo Monte será interligado a Tucuruí, que é interligada a Sobradinho, Paulo Afonso, Furnas e Itaipu. Então, quando chega nesse período úmido, em vez de eu gerar apenas energia assegurada, eu gero energia assegurada e mais a capacidade total da Usina. E tem um detalhe, os regimes hidroelétricos são um pouco diferentes, então quando chegar o período seco, eu vou gerar pouco, não consigo atender meus contratos, só que essa energia que eu mandei no período úmido, eu recebo agora para atender os meus contratos.


http://www.amazonia.org.br/noticias/print.cfm?id=296013



brasilma escreveu:Agora sim...

Alguns erros de avaliação:

Não é correto dividir a potência instalada pelo tamanho do lago e fazer comparações, pois "capacidade instalada" não significa "energia gerada"!!!

Apenas por quatro meses ao ano ela terá água suficiente, justamente por esta razão sua capacidade de produção média anual será de 4,571GW.

Portanto se dividirmos esta capacidade produtiva pela área do seu lago 668Km^2* obteremos 6,84MW/Km^2.

Nos oito meses quando o volume hídrico é baixo ficará ociosa (gostaria de saber de onde virá a energia para suprir).

*Este é o valor do lago atual http://www.adital.com.br/site/noticia.a ... &cod=46835

O número de pessoas que serão desalojadas pelas obra é de 20-40 mil.
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Mensagempor proex » 24 Nov 2011 07:38

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Mensagempor brasilma » 24 Nov 2011 09:00

Conforme tenho comentado, na minha opinião instalaria uma Usina Atômica, com área irrisória em relação ao lago de uma Hidrelétrica, gerando energia o ano todo, com combustivel que temos de sobra, sem produzir nenhum gás de efeito estufa...
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Mensagempor EvandrPic » 02 Dez 2011 18:24

Patrick Moore: entusiasta da energia nuclear

Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace, diz que o Brasil tem a rara oportunidade de criar um parque energético baseado em duas fontes limpas de energia, a hidrelétrica e a nuclear


Patrick Moore é hoje um entusiasta da energia nuclear, que ele considera, ao lado da hidrelétrica, a tecnologia mais limpa existente para produzir eletricidade. Atualmente ele é o cientista-chefe da Greenspirit Strategies, uma empresa de consultoria em assuntos de sustentabilidade e energia com sede em Vancouver, no Canadá, da qual é cofundador. Moore falou ao repórter Roberto Machado.

A construção de hidrelétricas enfrenta a resistência dos ambientalistas. Eles têm razão?
O Brasil está numa posição ideal, pois tem a possibilidade de aumentar sua capacidade hidrelétrica. É um absurdo a existência de ambientalistas que são contra hidrelétricas. Deve-se ter cuidado ao fazer um reservatório, para ter certeza de que as espécies que lá habitam também existam em outros lugares, onde possam ser protegidas. Mas, em geral, a geração hidrelétrica é a melhor forma de energia renovável, ao lado da nuclear, porque é limpa, sustentável e não custa caro.

Não seria melhor investir na geração de energia eólica?
O problema da energia eólica é que sua instalação é muito cara, custa de duas a três vezes mais que uma usina elétrica bem localizada. Além disso, ela não é constante. Produz durante, no máximo, 30% do tempo. O que significa que nos 70% restantes é preciso extrair energia elétrica de outra fonte. A melhor sinergia possível do sistema eólico ocorre em conjunto com a geração hidrelétrica ou a gás, pois é necessário dispor de uma fonte de energia confiável e que se possa acionar e desligar rapidamente para contrabalançar os picos de geração eólica. Isso não é possível com uma usina termelétrica a carvão ou nuclear. Mas se deve levar em conta quanto custaria aumentar a capacidade de geração hidrelétrica versus o preço de implementação de fazendas eólicas. Por que investir em uma fonte duas a três vezes mais cara que o custo hidrelétrico?

A energia nuclear, que o senhor defende, está em declínio desde 2007. O que mudou?
Existe um declínio na porcentagem de energia nuclear, mas também temos de considerar que existem 56 novos reatores em construção no mundo, muitos deles na Ásia. A China, a líder nesse setor, está construindo vinte reatores. Chegará um momento em que as pessoas perceberão que, se quiserem a redução do uso dos combustíveis fósseis, deverá haver um aumento de energia nuclear. Não há alternativa.

Por que a energia nuclear enfrenta tanta resistência?
As pessoas que são contra esse tipo de energia estão preocupadas com o lixo nuclear. Na verdade, mais de 95% do potencial de energia permanece nesse lixo, o que o transforma em nosso mais importante recurso energético para o futuro. São milhares de anos de combustível nuclear que precisamos resguardar com segurança para uso das futuras gerações. Fala-se sobre o lixo nuclear como se houvesse pessoas morrendo em todo lugar por causa dele, quando, de fato, ninguém está sendo prejudicado e não existe probabilidade de que venha a ser num futuro próximo.

O senhor considera a energia nuclear a melhor opção?
Devido a isso, acredito que essa é a melhor opção. Se quisermos parar de queimar tanto combustível fóssil, trata-se da opção de maior confiabilidade e baixo custo. O Brasil, por exemplo, tem a boa opção de combinar energia nuclear com hidrelétricas. A única ressalva é que não se deve colocar todas as opções em uma única tecnologia.

Por que os ambientalistas se opõem à energia nuclear?
Nas décadas de 70 e 80, os ambientalistas fizeram a conexão entre energia nuclear e armas nucleares, ou algo do tipo, e decidiram que ela era malévola. Por causa deles é que tantas usinas termelétricas a carvão foram construídas nos Estados Unidos, China e Europa. Se não se deviam construir usinas nucleares, a opção que restava era a construção de usinas a carvão. De certo modo, o movimento verde foi responsável pela proliferação de termelétricas a carvão.

A possibilidade de uma falha de segurança em uma usina nuclear não justifica o temor que ela provoca?
Esse é um ponto muito interessante. O que ocorreu em Chernobyl foi um fato único e simplesmente não pode se repetir em outros reatores no mundo. O projeto da usina ucraniana era um desastre e foi um erro humano estúpido que causou a explosão. Devido ao modo como foram projetados, não é fisicamente possível que os reatores existentes nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, China e França venham a explodir. De qualquer forma, Chernobyl foi o único acidente na história da indústria nuclear que causou perda de vidas.

O senhor gostaria de morar perto de uma usina nuclear?
Já me perguntaram isso na TV. Minha resposta foi: "Eu ficaria feliz vivendo dentro de uma usina, porque sei, pelas estatísticas, que está entre os lugares mais seguros do mundo!". É melhor olhar o histórico. É fácil fazer previsões desastrosas para o futuro. Mas são previsões, não fatos.

As possíveis consequências de um desastre, mesmo que pequenas, não seriam suficientemente fortes para desestimular o avanço da energia nuclear?
Não poderia ocorrer desastre maior numa usina nuclear do que a poluição causada pelas usinas a carvão atuais.

http://planetasustentavel.abril.com.br/ ... 6107.shtml

Um fã improvável da energia hidrelétrica
Imagem
O canadense Patrick Moore se tornou “persona non grata” entre os ambientalistas. Na década de 1970, sua carreira na área começou bem promissora: ele foi um dos fundadores do Greenpeace, a organização ambiental que se tornaria uma das mais influentes do mundo. Mas, em 1986, Moore deixou o Greenpeace alegando discordâncias ideológicas. Ele diz que a organização não tem conhecimento para falar com propriedade sobre os assuntos que defende – porque seus líderes não seriam cientistas.

Formado em Biologia Florestal pela Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, onde também cursou o pós-doutorado, Moore abriu sua própria consultoria, a Greenspirit Strategies, e passou a trabalhar com indústrias e governos. Os ambientalistas, porém, não ficaram nenhum um pouco contentes quando ele começou a defender alimentos transgênicos e energia nuclear – que seria uma opção para frear o aquecimento global porque emite menos gás carbônico que fontes fósseis. Hoje, Moore é pago pela associação das indústrias nucleares dos Estados Unidos para explicar para os americanos as vantagens desse tipo de energia.

Mesmo defendendo a energia nuclear como solução para nos salvar do aquecimento global, Moore disse em entrevista a ÉPOCA que, se tivesse de escolher um só tipo de energia para um país, escolheria a hidrelétrica. Perguntado sobre a opção brasileira em investir em uma nova usina nuclear, Angra 3, apesar de todo o potencial hidrelétrico do país, ele respondeu:

“No geral, eu acho que a energia hidrelétrica é a melhor forma de eletricidade: é renovável, você pode ligar e desligar facilmente e por isso dá para acompanhar a necessidade energética do país. Há muito benefícios que a fazem desejável. Por outro lado, também é bom ter um mix de tecnologias no sistema elétrico. Não é bom ter só uma tecnologia. Mas, se eu tivesse que ter só uma, eu escolheria a hidrelétrica.”

Nos Estados Unidos, os ambientalistas atacam Moore, chamando-o de lobista da indústria nuclear (título que ele recusa veementemente). Lobista ou não, não é que até ele é fã de energia hidrelétrica?

Veja a íntegra da entrevista com Patrick Moore na revista “Época” desta semana.
http://www.jornallivre.com.br/78587/um- ... trica.html
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Mensagempor EvandrPic » 09 Dez 2011 01:36

Se essa reportagem estiver correta, o Brasil vai multiplicar por 22 a capacidade instalada de geradores eólicos nos próximos 14 anos.
Em 3 anos irá multiplicar por 8, ou seja, passará dos 1,4GW para 11,6 GW instaldos até 2014. E até 2025 teremos 31,6 GW instalados. Pouco mais de 2 Itaipus.

Empresas que estão envolvidas nesse "boom" aqui no Brasil:
Wobben Windpower (Enercon) - Alemanha
Gamesa - Espanha
Impsa - Argentina
Siemens - Alemanha
Vestas - Dinamarca
GE Wind - Estados Unidos
Alstom - França

05/12/2011 - 18h22
Estrangeiros pegam carona no 'boom' da energia eólica no Brasil

O Brasil, beneficiado com gigantescos recursos fósseis e hidroelétricos, atravessa um boom da energia eólica, graças a seus menores preços de produção, somados aos incentivos do governo, que atraem a um número crescente de empresas estrangeiras.

O setor de energia eólica do país possui uma capacidade atual de 1.400 MW, e a projeção é de que esta cifra se multiplique por oito até 2014, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeolica).

Um estudo do instituto de Investigação sobre Energia Emergente aponta que o Brasil, principal mercado de energia eólica da América Latina, terá 31,6 gigawatts (um gigawatt equivale a 1.000 MW) de capacidade instalada para 2025.

Um leilão energético organizado em agosto passado pelo governo, que detém 44 fazendas de vento no Brasil, ofereceu 39% da capacidade total, vendendo pela primeira vez um preço médio de 99,58 reais (62,91 dólares) por megawatt-hora, abaixo do preço médio dos projetos de gás (103,26 reais) e de um projeto hidroelétrico (102 reais).

Menores preços de produção, incentivos governamentais e a crescente demanda energética do Brasil têm atraído um número significativo de empresas estrangeiras.

A Wobben Windpower, subsidiário do grupo alemão Enercon, instalou a primeira fábrica de turbinas eólicas nos anos '90 e espera completar 22 fazendas de vento instaladas, responsáveis por um total de 554 MW, até o final de 2012.

A alemã foi seguida pela espanhola Gamesa, a argentina Impsa, a também alemã Siemens, a dinamarquesa Vestas - a maior fabricante de turbinas eólicas do mundo -, GE Wind (braço da GE Energy, subsidiária da americana General Electric) e da indiana Suzlon.

A última a somar-se ao grupo de investidores foi a gigante francesa da engenharia, Alstom, que na quarta-feira passada inaugurou uma planta de construção de turbinas eólicas na Bahía (nordeste), sua primeira na América Latina.

A planta, localizada no complexo industrial de Camaçari, próximo a Salvador, a capital da Bahia, terá uma capacidade de produção de 300 MW para atender aos mercados doméstico e de exportação.

A Alstom diz que sua ambição é alcançar no setor eólico sua atual cota de 40% no setor de hidroelétricas no Brasil.

"Não conseguiremos isso amanhã, mas entre 10 a 15 anos podemos conseguir. Somos muito ambiciosos neste setor (eólico), não só no Brasil, mas no resto da América Latina", disse à AFP, Philippe Delleur, presidente da unidade brasileira da Alstom, na cerimônia de inauguração.

"Esperamos que os preços se estabilizem em torno de cifras que correspondam à rentabilidade de nossos investimentos", disse.

Empresas nacionais como Desenvix, Dobreve, Renova e CPFL também estão ativas e, segundo fontes industriais, MPX, a divisão energética das empresas do multimilionário Eike Batista, também investirá grandes somas no setor de energia eólica.

O maior potencial está no nordeste do país, sobretudo nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, devido às altas velocidades dos ventos e a baixa incidência de turbulências como tornados ou furacões.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienc ... rasil.jhtm
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