Rio Card( Bilhete de transporte eletrônico )

[Jorge_Francisco]

Olá Pessoal,

Estava curioso em saber como é feito o sistema do Rio Card. Sei que o cartão nada mais é do que uma etiqueta RFID, mas como é transmitido os dados para a central? Seria por rede MESH? Os onibus formam uma enorme rede? E quando não há nenhum outro no raio de 10 km? Será que o transmissor é tão potente?

Achei um site sobre o modelo deste cartão:

http://www.ulissescarneiro.com/riocard.htm

Se alguém tiver qualquer infotmação, em alguns estados esse sistema é conhecido como BILHETE ÚNICO.

Abraço

[Ander_sil]

O cartão não é bem uma etiqueta RFID e sim Mifare (contactless), ele possui memória eeprom onde os dados são gravados.

Alguns são proprios para transações e possuem registros de saldo e comandos apropriados para isso, ou seja, ele não transmite os dados para central e sim é feita entre o cartão e os validadores.

O saldo fica armazenado no cartão e o leitor(validador) debita o saldo do cartão. Mas provavelmente os dados do validador são passados para central periodicamente por GPRS.

No começo aqui em campinas era possivel recarregar no proprio validador do onibus, mas isso foi retirado pois o custo de GPRS provavelmente era alto.

[Jorge_Francisco]

O cartão não é bem uma etiqueta RFID e sim Mifare (contactless), ele possui memória eeprom onde os dados são gravados.

Alguns são proprios para transações e possuem registros de saldo e comandos apropriados para isso, ou seja, ele não transmite os dados para central e sim é feita entre o cartão e os validadores.

O saldo fica armazenado no cartão e o leitor(validador) debita o saldo do cartão. Mas provavelmente os dados do validador são passados para central periodicamente por GPRS.

No começo aqui em campinas era possivel recarregar no proprio validador do onibus, mas isso foi retirado pois o custo de GPRS provavelmente era alto.

Muito obrigado pela resposta, muito interessante mesmo. O cartão em questão é o que funciona com um chip RFID MF1 IC S50 Mifare da Philips, pelo menos é o que está dizendo no site do fabricante.

Abraço

[Jorge_Francisco]

Aqui no Rio a recarga é efetuada no validador ou na central da Fetransport(Subsolo da Central do Brasil), apenas a opção de ver o saldo no ônibus é que acabou.

Abraço

[Wagner de Queiroz]

Em Sao Paulo e cidades vizinhas usamos o mesmo sistema. Na Cidade de Sao Paulo é chamado de Bilhete Unico. Funciona nos ônibus, trens e metrô, incluindo algumas lotações. A integração entre estes meios é funcional. O saldo é informado nos onibus quando o bilhete é usado.

é um sistema eficiente e muito prático.

[ernande_filho]

Aqui no Recife e cidades vizinhas, usamos um smartcard.
Os estudantes usam o "passe fácil" que de fácil so tem o nome.
Os funcionários públicos ou de empresas com convênio usam o bilhete eletrônico.

Ambos são ruins, mas o passe fácil ganha em IMPRESTABILIDADE.

Além de lhe deixar na rua (não avisa o saldo, ai, quem não tiver dinheiro, fica na mão) é muito incoveniente, pois só tem 2 pontos de recarga, sendo 1 de DIFÍCIL ACESSO (pra 3 cidades grandes) com um PÉSSIMO atendimento e com uma fila MONSTRUOSA.
Isso quando eles não inventam de arrumar confusão com seus documentos.

[albertorcneto]

Em BH tambem tem um sistema parecido.

Um professor meu da faculdade que montou, usando 8051. Ele eh um RFID e os dados sao transmitidos para a central pelas proprias empresas de onibus. O onibus, quando vai chegando perto do ponto final, vai transmitindo os dados para um equipamento que depois transmite os dados pra central.

[ernande_filho]

aqui eles baixam os dados diariamente quando o onibus recolhe.
Usam um hardware proprio + RS232 e de lá, mandam pra $$entral.

[Jorge_Francisco]

Aqui no Rio é super prático, só não é aceito no avião(ainda),hehehe.

Recarrega no ônibus mesmo, mas só nas empresas cadastradas, este cadastro não é fixo e sim de acordo com a utilização naquela empresa, ou seja, se você usa com mais frequencia a empresa ASM ÔNIBUS, então qualquer onibus que for dessa empresa poderá efetuar a recarga, no total são 3 empresas que variam conforme a utilização.

Sobre os pontos de recarga, não são muitos, tem na Central do Brasil, e desconheço outros no pontos, em Niteroi fica no terminal de ônibus, mas como eu disse pode ser carregado no ônibus mesmo.

Fiquei pensando, acho que os dados são enviados todas as vezes que o cartão é lido, até pode ser que o saldo também fique no cartão, mas TODAS as vezes que o cartão é lido é verificado se há uma nova recarga, caso não tenha comunicação com a central, então aí sim, ele avisa que não há recarga, sendo que assim que tem comunicação pode ser carregado.

Aqui no rio informava o saldo, mas com o grande numero de assaltos parou de informar, agora são 4 barras que indicam faixas de valores, quando está na ultima barra que vai até R$30,00 começa a informar o saldo até uma nova recarga.

[ernande_filho]

Quase ia esquecendo.

Aqui tem limite!

Se a pessoa morar longe, "se ferra" toda. O cartão é limitado a algo prox de 8 usos por dia e o valor de recarga mensal não pode superar algo em torno de R$80,00 (kd o direito dos estudantes de pagar 1/2 ??).
Viva o Brasil! Lugar onde vc tem direito a não ter direito!

e eu nem quero falar dos altos custos das passagens R$2,60.

[jeff]

Pessoal,
eu trabalhei aqui em Floripa na implantaçao desse sistema, usando a tecnologia Mifare da Philips nos validadores da www.empresa1.com.br de BH.
O sistema é composto pelos validadores nos onibus e bloqueios(catracas) eletronicos nos terminais(ambos leem e escrevem nos cartoes, fazem uma recarga por exemplo), no ponto de venda geralmente usam um POS da Schumblerger ligado num hardware com antena que prepara o cartao para estudante, cidadão, idoso, turista e gratuidades, alem de carregar os créditos tb. E para controlar td isso existe um software com um banco de dados gigantesco, que alem dessa parte de preparar os cartoes com os dados de cada pessoa, tb esta conectada nos POS e Bloqueios(catraca) dos terminais via rede cabeada ou wireless, toda vez que uma compra é efetuada num terminal distante o sistema sabe pq esta interligado. Aqui em Floripa a unica coisa que nao esta interligado em tempo real sao os validadores dos busão, que trabalham o dia todo em offline, e qnd retornam pra garagem eles descarregam os dados dos validadores via IRDA sincronizando com outro IRDA pendurado acima da bomba de combustivel, na hora de abastecer. Esses dados sao enviados para um servidor no escritorio da empresa de onibus que esta interligado com o sistema central, só que assim como esse validador manda, ele tb já recebe os dados de compras de creditos, de aumento de tarifa se tiver, de cartoes que foram cancelados por roubo ou perda(só que se o cara perder o cartao de manha, a pessoa que achar pode usar esse dia o cartao ainda, visto que só no dia seguinte que os validadores de todos os onibus vao saber e bloquear o acesso,hehe).
É basicamente isso!!
Abraços,
Jeff

[Wagner de Queiroz]

em SP a recarga dos cartoes de bilhete Unico sao feitos em casas lotericas, algumas estações de metrô tem um guiche especifico onde voce compra creditos.

Para usuarios de vale transporte, existem validadores que fazem a recarga automatica em terminais de onibus/metro e nas estacoes de trem da CPTM, muitas (senao todas) tem equipamentos de recarga de vale transporte.

eu nao pego fila para recarregar o meu vale transporte pq eu recarrego na estacao de trem mais proxima de casa.

Creio que os validadores dos onibus devem ser offline tb pq eles nao fazem recarga, os validadores e maquinas de recarga em estacoes de trem/metro/terminais usam GPRS para comunicar com a central (Que é tercerizada)

http://www.redepagueexpress.com.br/
http://www.redepagueexpress.com.br/imag ... rregar.jpg


De toda forma, a empresa que ganhou a concorrencia para o sistema Bilhete unico em SP é a Sonsun

http://www.sonsun.com.br/

Esqueci de dizer que onibus metropolitanos usam o cartao BOM que usa o mesmo sistema mifare, mas nao tem integracao com o Bilhete Unico de SP. Em cada cidade onde tem um sistema parecido é a mesma coisa. Usam cartoes Mifare que sao exclusivos das operadoras de onibus. Creio que a Sonsun deve ser a mesma que gera os cartoes de BH e outras capitais. Veja no site deles: no link abaixo:

http://www.sonsun.com.br/bilhetagem_ele ... 7c0a3cebac

[jeff]

Wagner,
essa Sonsun só incapsula os lays ou tags mifare nos cartoes e fabrica ou vende a impressora que personaliza eles.
Quem domina mesmo a fabricação de validadores e software é a empresa1 de BH e um outra que nao lembro o nome de SP.
Já dominaram o mercado praticamente, apartir da federação de tranporte publico, aí dificilmente um outro concorrente conseguiria entrar hj em dia, só se fosse no interiorzão.

[Jorge_Francisco]

Pelo que vejo então o "Rio de Janeiro continua lindo", aqui a recarga é feita na hora que encosta o cartão no leitor do onibus, seja em que localidade for, que velocidade for, na serra, tanto faz. Já testei inumeras vezes o cartão que temos na empresa.

Estudante faz o cadastro de acordo com o dia correspondente do aniversário, e todo ano só tem que revalidar. Estudantes tem limite de 8 passagens gratuitas por dia, salvo algumas excessões que são efetuadas no dia do cadastro, como é o caso do estudante morar em outra cidade.

Pra usuário comum, não existe limite teórico para o valor da recarga, aqui por exemplo já acumulou R$700,00 no cartão e nada aconteceu, depois foram gastas.

Se perder o cartão ou for roubado pode ligar para a central, que por acaso atende rapidamente e bloqueia o cartão na hora. Depois é só pedir outro que em 15 dias te dão outro e você paga R$15,00 pelo novo cartão, o primeiro é gratis.

Mas de qualquer forma, a comunicação deve ser por GPRS mesmo, deve ter algum acordo entre a Fetranspor e alguma operadora, porque tudo é On-line, tanto que quando paga a passagem e por acaso a catraca dá defeito, eu ligo na hora para a central e eles me dizem que foi debitado, no mesmo instante. No caso se for metrô, eles te dão um cartão com uma passagem com validade do dia.

[phophollety]

Bem, que souber a chave do Mifare dos sistemas e como está o mapa de memória poderia contar...

Vamos vender crédito a rodo