Amplificador de ECG

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Amplificador de ECG

Mensagempor phophollety » 10 Mar 2007 23:05

Olá pessoal, alguém teria algum projeto de amplificador de ECG (eletro cardio grama)

Apenas encontri esse...

http://www.e-dsp.com/how-to-build-your- ... imple-ecg/

se tiverem mais sugestões..., por favor!
"3 minutes of boring code review means 3 hours less fixing LSD (Little Stupid Detail)" Dr. Mike Smith
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Mensagempor EDSONCAN » 12 Mar 2007 09:16

Muito pouco mexi com isso, mas me lembro que foi comentado sobre essa tecnica, mas para aplica-la era necessario completo repouso.
Me lembro que ela tornava bastante sensivel as leituras.
Os problemas do holter eram o ruido de 60Hz da rede eletrica e tambem as flutuações causadas por mau contato devido a pessoa se movimentar com ele - na epoca era medido com o usuario em um dia normal.
Apos amplificar o sinal os holter mais antigos aplicavam isso diretamente a um gravador cassete, os modelos novos usavam um DSP da texas e uma cartao CF.
O amplificador na epoca era um INA60 e os filtros totalmente digital.
Não sei se ajudei muito, mas tentei

Edson
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Mensagempor andre_luis » 12 Mar 2007 10:12

Já trabalhei com isso, e por uma questão de propriedade intelectual, nao posso divulgar aqui qualquer diagrama, mas só posso adiantar que o buraco é bem mais embaixo, pois há diversos detalhes :

1o) Dependendo da posicao do coração do paciente ( varia de pessoa-para-pessoa ), o sinal pode ficar fraco, e por isso costuma-se implementar diversas derivacoes, que em ultima analize, sao diversos circuitos amplificadores de ECG, onde é feita uma algebra entre os sinais
2) Lembra de colocar um filtro de 60Hhz, que em ultima análize, pode ser implementado FACILMENTE pelo microcontrolador, se a frequencia de amostragem for multipla de 60Hz.
3) Como lembrou o Edson, o efeito do movimento muscular é muito grande para o sinal, por isso costuma usar filtros de 35Hz a 40Hz implementado ainda em HW.

No final, o circuito fica bem grande, devido a uma serie de outros detalhes, como etapa de pre-amplificacao, protecao contra descarga de desfibrilador, circuito contra saturacao, etapa de desacoplamento DC (=filtro de 2Hz), etc...

+++
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Mensagempor phophollety » 12 Mar 2007 12:50

Fora que deve haver várias proteções para o paciente não "tomar choque" em caso de alguma avaria do equipamento.. bom. é bem complexo, realmente...

Vou continuar pesquisando, valeu pessoal, se alguém tiver mais alguma coisa, por favor
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Mensagempor xultz » 12 Mar 2007 20:44

Fofolete, o que você citou é realmente importante, tanto é que existe uma norma (IEC 601) que trata somente de aspectos técnicos de proteções ao paciente (sobre corrente de fuga, aterramento, equalização de potencial, compatibilidade eletromagnética, etc) e é de suma importância estudar esta norma antes de se aventurar no projeto de um aparelho eletromédico.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.
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Mensagempor phophollety » 12 Mar 2007 21:26

Eu gostaria de ver essas normas, mas elas devem ser todas pagas e um custo não muito acessível, certo?

Alguém tem uma cópia (tudo bem que seja crime, mas é para um bem maior)
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Mensagempor xultz » 13 Mar 2007 07:53

Acertou na mosca, mas elas não são tão caras assim, se não me engano a normal geral custa uns 200 reais e a específica (existe uma geral que cobre todos os aspectos técnicos e normas específicas para cada tipo de aparelho, se não me engano são umas 20) deve custar mais ou menos isso também. Se você pretende fazer um produto, vai ter que comprar, mais cedo ou mais tarde. Infelizmente eu só tenho a norma geral em papel.
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Mensagempor andre_luis » 13 Mar 2007 09:39

xultz escreveu:...Se você pretende fazer um produto...


Olha; essa área possui tanta regulamentação para os produtos fabricados no Brasil, que o custo total para uma empresa adequar-se torna proibitivo o custo final do produto ( INMETRO, ANVISA, ISO9001, etc...). Além do fato de voce ter que deixar um produto na certificadora.

Enquanto isso, produtos importados, com certificação européia, mas que NAO passam nos exames do INMETRO, fazem a festa.

Eu conheci uma empresa em MG que embora nao fosse da área médica, desenvolveu um módulo Oxímetro de pulso e "vendeu" o projeto para uma outra empresa que já era da área médica, uma vez que esse módulo era OEM e passaria desapercebido.

Outro aspecto, é a forte aceitação dos produtos extrangeiros por parte da área médica. Existe um bom trabalho de marketing destas empresas dentro de grandes hospitais.

Os maiores clientes sao hospitais públicos, mas são os que menos pagam. Eu trabalhei numa excelente empresa de B.H. que chegou a quaze falir por causa dessa indimplencia 'oficial'. Nós chegamos a competir com os melhores do mercado, mas ninguem resiste aos sucessivos calotes financeiros que recebíamos.

Por isso, quem pretender fazer qualquer coisa nessa área, sugiro pensar 2 vezes antes de se aventurar.

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Mensagempor xultz » 13 Mar 2007 18:40

Bom, isso é Brasil.
Basicamente, o produto precisa de certificação IEC601 adequada ao produto (na verdade, isso é importante somente para qualquer produto invasivo ou de contato, ou seja, um produto potencialmente perigoso, e até onde me lembro, oxímetro de pulso não entra nessa área e não possui normatização IEC601). Existem 4 classes de produtos, as classes I e II somente precisa da IEC, se for classe III ou IV aí a empresa precisa ser certificada com a BPF (Boas Práticas de Fabricação), que é praticamente a ISO9001:1994 com pequenas modificações. O problema é que quem certifica a BPF são inspetores da Anvisa que não entendem direito do assunto, têm autoridade de polícia e se eles falarem alguma besteira e não certificarem a empresa por causa disso, tem que calar a boca e aceitar. Por exemplo, numa empresa eles foram verificar a questão de rastreabilidade de matéria prima, e exigiram que tivesse controle de lote de todos os componentes, até de resistor. Quem fornece lote de fabricação de resistor? Pois é, ninguém, mas o inspetor não aceitou e deu não conformidade. Isso é um saco mesmo.
De qualquer maneira, a área médica é bastante interessante, mesmo com a concorrência desleal de produtos importados, então é interessante pesquisar.
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Mensagempor phophollety » 13 Mar 2007 20:12

Na verdade o projeto não é para venda, é uma proposta de iniciação científica na faculdade, tenho mais interesse nos métodos de aquisição de dados...

Mas valeram todos os toque pessoal!! :wink: :wink:

Se aidna tiverem circuitos... melhor ainda!
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Mensagempor andre_luis » 14 Mar 2007 09:54

xultz escreveu:...oxímetro de pulso não entra nessa área...


O que acho lamentável, pois dependendo do sensor ou do módulo, o feixe luminoso pode causar queimadura na pele do paciente, principalmente se for bebê. Alguns módulos diminuem bastante a intensidade na presença de pulso, outros não.

No equipamento que fiz para a empresa que trabalhei, eu coloquei uma temporização de 4 horaz, após a qual, aparecia na tela a mensagem "mudar sensor de posição !".

phophollety,

Se o seu projeto ECG é para fins didáticos, voce poderia também estudar a possibilidade de analizar a curva QRS do paciente. Existem algorítimos que identificam a necessidade de desfibrilar o paciente.
Outra possibilidade para voce impklementar, é o estudo do stress, baseado na 'variancia' dos batimentos cardiacos ao longo do tempo. Um coracao saudavel, muda pouco ( e se muda, possui uma regularidade ) os batimentos.

Sao só dicas.

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Mensagempor phophollety » 14 Mar 2007 22:04

Hum.. bem interessante... alguém recomenda algum livro sobre isso?
Eu gostaria de ler, mesmo que não irei tocar mais esse projeto (por outros motivos, fui convidado para "Implementação de DSP em sistema WCDMA empregando codificação espaço temporal de bloco", estou pulando de felicidade aqui!! Hahah tenho que ver se serei aprovado pela comissão...)
Bom. mesmo assim.. leituras de livros acessíveis?

André, você não poderia nem ao menos digulvar um pedaço de esquematico?

Abraços a todos
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Mensagempor tcpipchip » 17 Jun 2008 11:15

Os 60Hz eh justamente o problema que estou tendo com o prototipo de que ECG montei semana passada :(
O safado esta vindo pelo proprio cabo do eletrodo...
Vou terceirizar o servico...pq tá dificil :(

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TCPIPCHIP
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Mensagempor andre_luis » 17 Jun 2008 11:41

Olha, se sua frequencia de amostragem for míltiplo-par de 60Hz ( 120 ou 240 ) com a precisão de um cristal, poderia implementar facilmente um filtro Notch por firmware para reduzir/eliminar esse ruído na amostragem do conversor AD.

É necessário saber se o ruído que está chegando é tipo diferencial ou modo comum, pois o tratamento focado para cada um é diferente. ( cabo blindado/trançado ou aterramento, dependendo do caso ).

Existem fios revestidos com PVC, ao invéz de borracha, indicados para uso em alta tensão, mas não conheço nada a respeito da tecnologia de fabricação dos cabos profissionais, que devem ser resistentes à alta descarga elétrica.

Uma providencia bastante produtiva que adotei nessa área, foi usar na fixação ( furo metalizado ) da placa, um chassi por baixo da placa, aterrado no GND da placa, mas isolado do chassi do equipamento; Lamentavelmente, não vi furos de fixação nessa placa que voce apresentou, mas isso pode ser feito até mesmo por wire-up.

Por algum motivo, o espaço entre a placa e o chassi do equipamento estava induzindo ruído, e esse sanduiche ( PCI + placa isolante + metal aterrado ) solucionou o problema.

Ainda, tendo em vista que o alumínio tem propriedades magnéticas que não filtra o tipo de ruído predominante-magnético, mas predominante-elétrico, o ideal seria uma placa de cobre ou latão, mas aí o requinte seria demais.

+++

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Mensagempor fabim » 17 Jun 2008 11:56

cara expeguimenta o seguinte.

O EGC precisa de 3 Referencias.
+ GND -.

Vai em uma loja de som, onde venda cabos para microfone.

Tem uns cabos esterios cuja o ref de GND tem 2 elementos, 1° é um polimero condutor o segundo é uma malha trançada igual de cabo RF.

Quando eu fiz o EGC usando um projetinho na net com LM324, o proprio cara deu essa dica, os ruidos RMI/RFI sumiram..

Riscozói.. quem sabe da certo contigo tamém.

{} fabim
Mano, ve só.
Sou responsável pelo que escrevo!!! E não pelo que você entende !!!
fabim
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