neutro X negativo

Circuitos eletrônicos, topologias, diagramas elétricos, etc...

Moderadores: 51, Renie, gpenga

neutro X negativo

Mensagempor rcakto » 17 Dez 2011 00:51

Não faco ideia de um titulo melhor, mas vamos ao que intereca...

Procurando melhores informações sobre a converção de AC para CC encontrei alguns circuitos onde usavam a ponte de tiristores, so que em alguns circuitos o neutro e o negativo estavam conectados diretamente...

alguem poderia me informar quais os pros e contras de cada um??

depois eu posto uma imagem dos dois circuitos para um melhor entendimento da minha duvida....
(parado por culpa da faculdade...)Osciloscopio opensource... entre e participe:
http://asm51.eng.br/phpBB/viewtopic.php?t=10710
rcakto
Word
 
Mensagens: 787
Registrado em: 09 Jun 2010 00:57
Localização: vitoria ES

Mensagempor xultz » 17 Dez 2011 12:15

Cara, se você liga o neutro no negativo, tem um circuito que é chamado de rabo-quente.
Na teoria, ele não tem problema nenhum. Na prática, você nunca sabe se o usuário ligou o neutro no neutro ou na fase, porque na tomada você pode ligar em qualquer posição. Se ele ligou na fase, o negativo fica na fase.
Na teoria, também não tem problema nenhum, o circuito funciona igual. Mas se o usuário encosta no circuito, leva um choque. Isso não torna o circuito proibitivo, já fiz vários projetos em rabo quente, mas tem que garantir que o aparelho não tem nenhuma fora possível do usuário encostar no circuito (nem que seja em nenhum conector, de preferência o circuito não pode ter conector) e você não pode conectar o circuito a outro em rabo quente, senão pode interligar os dois negativos, e um estar na fase e outro no neutro, e daí vira uma explosão.
No meu trabalho, estou fazendo um aparelho em rabo quente: um dos programadores do firmware esqueceu de isolar o circuito (com um trafo de isolação), ligou a Jtag e queimou a placa do aparelho, a Jtag (original da Texas, custa uma grana), e a porta USB do computador.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.
Avatar do usuário
xultz
Dword
 
Mensagens: 3001
Registrado em: 13 Out 2006 18:41
Localização: Curitiba

Mensagempor rcakto » 17 Dez 2011 12:59

xults, voce me tirou todas as duvidas que eu tinha sobre usar o negativo ligado direto ao neutro....

Entao me ajuda nessa... estou REfazendo um inversor de frequencia do zero, pois a potencia é de 4HP...
Os 2 que eu ja fiz usei o modelo de inversor de tensão, mas podendo alterar a frequencia e a tensão para nao perder o torque e agora com a alta potencia nao tem como usar um transformador na saida pelo alto custo...
Tudo que eu ja achei sobre inversor de frequencia a saida é uma onda quadrada e a inversao do sentido de giro tem que fazer o motor parar de girar totalmente primeiro para mudar a ordem da alimentação, assim mudando o giro. (ex.: Q1-Q4, Q2-Q3 gira para direita mas se comecar Q2-Q3, Q1-Q4 gira para esquerda (o motor esta no meio dos Q que sao tiristores ou IGBTs e por ai vai...)
Saberia me dizer como irei fazer para ter uma senoidal pura no motor??
(parado por culpa da faculdade...)Osciloscopio opensource... entre e participe:
http://asm51.eng.br/phpBB/viewtopic.php?t=10710
rcakto
Word
 
Mensagens: 787
Registrado em: 09 Jun 2010 00:57
Localização: vitoria ES

Mensagempor edison » 20 Dez 2011 21:28

rcakto escreveu:.....Saberia me dizer como irei fazer para ter uma senoidal pura no motor??


Nem em inversores industriais tem "senóide pura" na saída. O máximo que terá é uma onda "serrilhada" e numa frequencia de chaveamento bem alta.
Segundo a literatura "for users" essa frequencia deve ser bem administrada pois ,conforme o valor , pode ter efeitos colaterais em algumas aplicações.

Veja:

"A escolha da freqüência de chaveamento resulta num
compromisso entre o ruído acústico no motor e as
perdas nos IGBTs do inversor (aquecimento). Freqüên-
cias de chaveamento altas implicam em menor ruído
acústico no motor, porém aumentam as perdas nos
IGBTs, elevando a temperatura nos componentes e
reduzindo sua vida útil.
A freqüência da harmônica predominante no motor é
o dobro da freqüência de chaveamento do inversor
programada em P297.
Assim, P297 = 4 (5 kHz) implica em uma freqüência
audível nomotor correspondente a 10 kHz. Isto se deve
ao método de modulação PWM utilizado.
A redução da freqüência de chaveamento também co-
labora na redução dos problemas de instabilidade e res-
sonâncias que ocorrem em determinadas condições
de aplicação, bem como da emissão de energia ele-
tromagnética pelo inversor.
Também, a redução da freqüência de chaveamento
reduz as correntes de fuga para a terra, podendo evi-
tar a atuação indevida da proteção de falta à terra. "

Fonte:
Manual do Usuário: CFW 08 - WEG Pags. 122/123

Um documento interessante sobre o tema é esse aqui:

Introdução: Inversor de Freqüência: Princípios Básicos:

www.faatesp.edu.br/publicacoes/inversor1.pdf

Descreve os tipos e suas formas de saída.
-----------------------------------------------
"Os políticos e as fraldas devem ser trocados freqüentemente. E pelas mesmas razões"
-----------------------------------------------
Avatar do usuário
edison
Dword
 
Mensagens: 2011
Registrado em: 10 Mar 2007 00:18
Localização: Curitiba

Mensagempor rcakto » 21 Dez 2011 09:41

Edison, vlw pela ajuda, sobre o chaveamento eu ja tinha visto sobre o assunto, e em quase todos os arquivos que eu achei o chaveamento chega no maximo a 20kHz mas assim mesmo esse valor vai varia para menos de acordo com o motor e outros fatores, como o ruido....
sobre a onda senoida eu ja vi no youtube os caras usando PWM e tendo uma saida senoidal quase que pura... por isso que eu comentei aqui...
(parado por culpa da faculdade...)Osciloscopio opensource... entre e participe:
http://asm51.eng.br/phpBB/viewtopic.php?t=10710
rcakto
Word
 
Mensagens: 787
Registrado em: 09 Jun 2010 00:57
Localização: vitoria ES

Mensagempor brasilma » 21 Dez 2011 10:04

A expressão "Rabo Quente", apenas por curiosidade, vem do tempo dos círcuitos a válvula, onde por economia não era utilizado um trafo (isolador) para gerar a corrente para os filamentos, todos eram ligados em série e direto na força.

Em transformadores também por economia se faz algo do gênero, os Autotrafos possuem uma unica bobina compartilhada entre o primário e secundário, não oferecendo qualquer isolação a rede.

Já no caso do retificador trifásico tiristorisado do colega, pelo que entendi, já não havia isolação entre a rede e carga, portanto tanto faz o negativo estar conectado a ao negativo ou não, seria apenas uma questão de referência.
" A Teoria orienta e a Prática decide" ;-)
Avatar do usuário
brasilma
Dword
 
Mensagens: 3621
Registrado em: 11 Out 2006 15:39
Localização: Planeta Terra

Mensagempor xultz » 21 Dez 2011 10:11

Brasilma, o motivo vai um pouco além: as válvulas eram ligas em série, mas raramente davam os 110V da rede, dava menos. Aí o cabo de alimentação era resistivo, calculado de forma a dar a queda de tensão sobre o cabo que sobrava das válvulas. Obviamente, essa queda de tensão sobre o cabo gerava dissipação de calor, e se você segurasse o cabo verificava que ele estava morno. Daí veio a expressão rabo quente.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.
Avatar do usuário
xultz
Dword
 
Mensagens: 3001
Registrado em: 13 Out 2006 18:41
Localização: Curitiba

Mensagempor brasilma » 21 Dez 2011 11:15

Sim, e quando o "rabo" já não era mais "quente", era utilizada uma resistência interna para limitar a corrente, mesmo assim o sistema mantinha-se em contato direto com a rede, ou seja, sem nenhuma isolação!!!

Alguns técnicos utilizam um trafo isolador em osciloscópios quando vão executar medidas em circuitos ligados diretamente a rede (como inversores, partidas suaves, etc), e é muito importante testar estes trafos para saber se são isoladores mesmo ou auto trafos, senão...
" A Teoria orienta e a Prática decide" ;-)
Avatar do usuário
brasilma
Dword
 
Mensagens: 3621
Registrado em: 11 Out 2006 15:39
Localização: Planeta Terra

Mensagempor ELFS » 21 Dez 2011 14:18

Em circuitos desequilibrados ou monofasicos, temos circulação de corrente no neutro. Para o caso de interligação de neutro e negativo podemos ter circulação de corrente entre eles, qual a influencia da circulação de corrente no circuito de chaveamento?
Em que ponto podemos fazer tal interligação?
ELFS
Byte
 
Mensagens: 371
Registrado em: 16 Ago 2007 14:10
Localização: Brasil- Pr- Curitiba


Voltar para Circuitos Diversos

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 1 visitante

cron

x