Olá Budweiser.
Quando eu disse que achava que não dava para medir a densidade do campo magnético (que agora vou me referir somente a “campo”) com a bobina Rogowski, eu imaginei um método em que a bobina fosse o próprio sensor, ou seja, uma bobina. Como nós todos sabemos, a tensão induzida em uma bobina está diretamente ligada ao valor da bobina (L) e a variação da corrente na bobina em função do tempo.
É a famosa equação Vbobina = - L * di / dt. Como a equação mostra, a tensão induzida na bobina é proporcional à di / dt. Uma possível componente contínua do campo, atuando sobre a bobina, possuirá sua derivada nula (di / dt = 0), não produzindo nenhuma tensão sobre a bobina.
Como a bobina Rogowski (até onde eu sei) possui um núcleo não magnético (ar, placa de ci, etc), esta bobina não entra na região de saturação. Sendo assim, ela possui uma “resposta” bem linear, sendo útil para medições precisas. Por outro lado, por não possuir núcleo magnético, não vai possuir as perdas ferromagnéticas, propriedade também útil para efetuar medidas, pois, como sabemos, o bom medidor é o que não interfere no processo da medida. Outra propriedade que advém da falta do núcleo, é que o valor da bobina fica baixo se comparado com a mesma bobina com núcleo magnético. Isso se traduz em ser possível medir campos maiores e com frequências mais altas.
Não considerei, nesta análise, a medição deste campo constante por meio indireto. Eu simplesmente quis dizer que, teoricamente, não é possível obter uma tensão contínua sobre uma bobina.
É claro que há meios de se medir campos contínuos, só acho que não seria interessante usar uma bobina para isso. Os sensores Hall seriam mais indicados para tal, considerando-se as limitações de frequência do campo em relação à bobina Rogowski.
Finalmente, lendo os dados de um fabricante destas bobinas (
http://www.powertekuk.com/cwtmini.htm ), observei que o modelo CWT1500 pode responder até a frequência de 0,03Hz, o que para muitos casos, pode ser considerado campo contínuo.
MOR_AL
"Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada." Edmund Burke.
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