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Bomba Peristáltica. Ops! (Dosador de cloro na água)

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 12:04
por MOR_AL
Olá pessoal.
Resolvi abrir novo tópico sobre este assunto. Há um em andamento em "Componentes Eletrônicos Diversos". Apesar do assunto ser semelhante, não queria desviar a sequência das informações fornecidas ao nosso amigo Veioloko!
Naquele tópico diversos colegas responderam com informações úteis. Infelizmente as soluções encontradas dependem de comprar a bomba peristáltica e estas não se compatibilizam com minha restrição financeira a este aparelho.
Desejo fazer um dosador de cloro para a água da nascente que serve à minha casa. Ela é basicamente limpa (não notamos nenhuma reação referente a nossa saúde), porém após algum tempo, venho reparando que aparece limo por onde ela escorre e não há garantias maiores sobre sua eterna qualidade.
Naquele tópico, o Wagner respondeu:

Wagner de Queiroz escreveu:....
com material caseiro vc pode fazer uma bomba peristaltica para voce toda de plastico com acrilico. Acredito que um servo de RC nao tem força
suficiente para pressionar a mangueira.


Pôxa Wagner. Você tem experiência negativa a esse respeito?
Eu vou receber um servo RC dos pequenos. Pensei em usá-lo para fazer a bomba peristáltica. O volume de cloro é bem pequeno 10PPM (cerca de 10 partes por milhão), ou cerca de 10ml de cloro por 1000 litros de água. No meu caso acredito que dê para fazer, caso eu siga os seguintes procedimentos:

1 - Tornando o movimento do servo RC contínuo. Muita gente já fêz. Tem na net.
2 - Reduzindo o diâmetro do tubo da parte peristáltica. Reduz a vazão e a energia necessária para o servo.
3 - Reduzindo o diâmetro da parte móvel da bomba. Reduz a energia necessária no sensor.
4 - Acionamento intermitente da bomba.
Usando as quatro técnicas anteriores, acredito que o servo suporte. Não queime.
O custo do servo foi de 4 por US$15,00, ou cerca de R$6,75 por servo. Um parente está trazendo dos EUA para mim. Ele comprou no Ebay.

Sei trabalhar com acrílico.
A minha única dúvida seria como fazer (em casa) o corpo principal circular. Acho que esta peça já deveria ser aproveitada de algum produto e que deve ser de plástico.
Tenho aqui na minha mesa um umidificador de dedos para dedilhar páginas. Parece ótimo para fazer esta bomba. O acrílico, ou plástico seria usado para formar a parede frontal e a trazeira, onde possuiria alguns furos para fixação do conjunto e para a fixação do servo.
Você poderia me fornecer maiores detalhes desta sua idéia de fazer a bomba do modo que você sugeriu?
Ainda não descartei obter da impressora, vou ver se consigo, mas com o servo, uso apenas os +5V tanto para acioná-lo como para usar um uC para controlá-lo.
Acredito que desse modo, o meu dosador fique por volta de R$50,00.
Alguém tem outras idéias?
Grato.
MOR_AL

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 14:04
por _blackmore_
Eu desenhei uma bomba a algum tempo ... não é nada difícil de se fazer ... mas se por possível comprar os 3 componentes usinados em nylon, será uma saída para o resto da vida ...
eu preciso procurar o desenho para disponibilizar aqui ... peço apenas paciência.

abrax!

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 14:43
por gordomlm1
Não gosto de fornecer informaçãoes que não possa confirmar, mas à alguns anos numa IPESI, anunciava uma empresa nacional que fornecia um sistema de baixo custo de dossador de líquidos, atuava por fluxo do líquido a ser tratado e tinha por exemplo de aplicação, dosagem de cloro em aguas de nascente canalizadas para reservatórios.
O sistema consistia de uma roda dentada que ao girar com o fluxo permitia que o equivalente em gotas por litros fosse misturado. A quantidade era ajustavel conforme a necessidade.
Não sei se ainda é fabricado, mas vale uma pesquisa ou mesmo se analizar a idéia.

P.S.: Existia um lubrificados de corrente de moto que funcionava no mesmo princípio, um pinhão rodava encaixado na corrente de transmissão e rodava um pequeno cilindro na boca de um reservatório invertido, o cilindro tinha cavidades que armazenavam óleo e este escorria para a corrente pela força centrifuga.

Abraços

Maury

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 15:10
por Sergio38br
Boa tarde, se vc pudesse aproveitar a bomba de vacua de alguma impresora Epson não sei se ja viu o suporte de limpesa das cabeças) a bomba é geralmente uma excentrica( em forma de pera) ou centrica ( triangular) que pressiona um tubo de silicone e produz a sucção da tinta.

[ ]`s
Sergio

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 16:44
por guest2003
Ola Moris,

Não sei se a intenção é realmente fazer uma bomba. Se for desconsidere minha ideia, mas se for pra resolver seu problema, vc poderia fazer o seguinte...

Compre 2 valvulas de entrada de agua de maquina de lavar roupa, custa de de R$5,00 a R$10,00 cada por exemplo esta:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-136653668-valvula-de-agua-brastemp-convencional-127-volts-_JM

Utilize por gravidade, ficaria recepiente com Cloro num nivel mais elevado, entra numa valvula da valvula vai pra um tubo de PCV de tamanho conhecido por exemplo 25ml, ai vai pra outra valvula e depois joga na sua caixa.

A ideia seria a seguinte, abre a primeira que faz com que seu tubo dosador se encha (25ml por exemplo) ai fecha a primeira e abre a segunda, você lancou 25ml na caixa.

Imagino que como a boca da valvula é grande a tensão superficial do liquido não vai ser suficiente pra nao deixar o liquido sair do tubo dosador.

Entendeu a ideia ?!?!

2 Valvulas R$14,00 pedaco de tubo R$1,00

Pronto, sistema por R$15,00 :)

[]'s

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 18:52
por MOR_AL
_blackmore_ escreveu:Eu desenhei uma bomba a algum tempo ... não é nada difícil de se fazer ... mas se por possível comprar os 3 componentes usinados em nylon, será uma saída para o resto da vida ...
eu preciso procurar o desenho para disponibilizar aqui ... peço apenas paciência.

abrax!


Olá Blackmore.
Seria ideal usinar algumas peças. Mas aqui na minha cidade, e acredito que em outros locais também, eles cobram por peça. Mesmo que uma peça seja construída em 5 minutos (e eu fornecendo o material), eles cobraram cerca de R$35,00. É o mínimo, e olhe que já faz 2 anos. Em termos de solução durável seria viável mas em termos econômicos não.
... Como eu me arrependo de ter vendido o meu torno velho por falta de espaço na época.
Esta opção é aquela que poderei usar na falta de uma mais econômica.
[]'s
MOR_AL

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 19:07
por MOR_AL
gordomlm1 escreveu:... atuava por fluxo do líquido a ser tratado e tinha por exemplo de aplicação, dosagem de cloro em aguas de nascente canalizadas para reservatórios.
O sistema consistia de uma roda dentada que ao girar com o fluxo permitia que o equivalente em gotas por litros fosse misturado. A quantidade era ajustavel conforme a necessidade.
Não sei se ainda é fabricado, mas vale uma pesquisa ou mesmo se analizar a idéia...
Abraços

Maury


Olá Maury.

A idéia é muito boa. Como terei que medir o volume d'água, para então dosar o cloro, o ideal seria a própria água acionar o dosador na proporção da água que entra.
Pensei em um Venturi, mas esbarrei em alguns detalhes:
1 - A vazão da água não é constante. Não sei se esta variação influenciaria proporcionalmente na dosagem de cloro. Um meio de ver, sem montar, é derivar a equação da vazão d'água em relação a vazão de cloro e ver se é constante. Poderia ser a melhor opção, pois não exigiria nenhuma fonte de energia elétrica.
2 - Para que esses Venturis funcionem, é necessário alguma vazão mínima, o que não ocorre no meu caso.

A idéia da roda d'água, ou sua variante é excelente. Vou analizar com mais calma.
[]'s
MOR_AL

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 19:17
por MOR_AL
Sergio38br escreveu:Boa tarde, se vc pudesse aproveitar a bomba de vacua de alguma impresora Epson não sei se ja viu o suporte de limpesa das cabeças) a bomba é geralmente uma excentrica( em forma de pera) ou centrica ( triangular) que pressiona um tubo de silicone e produz a sucção da tinta.

[ ]`s
Sergio


Olá Sergio!

... E pensar que recentemente joguei fora algumas sucatas de impressoras Epson...
A vantagem é que a mecânica já está pronta. Poderia aproveitar a própria fonte da impressora para movimentar este motor.
Como é para meu uso particular, seria válido usar peças específicas dessa impressora.
Ainda possuo a sucata (por custo exagerado do cartucho) de uma impressora e outra HP. Vou ver se elas possuem o tal mecanismo.
[]'s
MOR_AL

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 19:27
por MOR_AL
guest2003 escreveu:Ola Moris,

Não sei se a intenção é realmente fazer uma bomba. Se for desconsidere minha ideia, mas se for pra resolver seu problema, vc poderia fazer o seguinte...

Compre 2 valvulas de entrada de agua de maquina de lavar roupa, custa de de R$5,00 a R$10,00 cada por exemplo esta:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-136653668-valvula-de-agua-brastemp-convencional-127-volts-_JM

Utilize por gravidade, ficaria recepiente com Cloro num nivel mais elevado, entra numa valvula da valvula vai pra um tubo de PCV de tamanho conhecido por exemplo 25ml, ai vai pra outra valvula e depois joga na sua caixa.

A ideia seria a seguinte, abre a primeira que faz com que seu tubo dosador se encha (25ml por exemplo) ai fecha a primeira e abre a segunda, você lancou 25ml na caixa.

Imagino que como a boca da valvula é grande a tensão superficial do liquido não vai ser suficiente pra nao deixar o liquido sair do tubo dosador.

Entendeu a ideia ?!?!

2 Valvulas R$14,00 pedaco de tubo R$1,00

Pronto, sistema por R$15,00 :)

[]'s


Olá Guest2003.
Muito boa sua idéia. Entendi perfeitamente.
Vou verificar se as válvulas suportariam o cloro concentrado sem se danificarem. Vou abrir uma para ver.
[]'s
MOR_AL

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 20:03
por gordomlm1
Aproveitando a idéia do Moris, Usando um recipiente, antes da eletroválvula, com um furo de restrição, denominado furo calibrado, se mede quanto tempo leva para escoar o volume necessário a se ter a proporção adequoada e se temporiza a abertura desta vávula.
A melhor maneira de se ter uma mistura homogênia é se aproveitar o fluxo de entrada de líquido e se dosar a quantidade equivalente pelo que se entra. Por exemplo. abriu a válvula de entrada de água, meio segundo depois abre a de entrada de cloro e meio segundo antes de fechar a de entrada de água, fecha a de cloro.
Óbvio que o exemplo apresentado é se considerando que se tem um tempo estabelecido de entrada de água, se pode estabelecer o volume que entra de água, e assim se pode misturar com mais eficiência o cloro.
A idéia da roda dágua dispensa eletricidade e funciona com pequenos volumes e fluxos de entrada. Para líquidos de baixa viscosidade funciona bem, talvez a sua implementalçao seja mais complexa.
É o que eu constantei na prática: é fácil localizar uma pane em um sistema mecânico e na maioria dos casos, a sua correção é complexa. Em sistemas eletro-eletrônicos na maioria dos casos é trabalhosa a tarefa de se determinar o defeito, normalmente é só trocar um resistor de R$ 0,05 para se corrigir o defeito (generalizando).

Abraços

Maury

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 20:17
por Wagner de Queiroz
Ninguem escreveu:Compre 2 valvulas de entrada de agua de maquina de lavar roupa, custa de de R$5,00 a R$10,00 cada por exemplo esta:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-136653668-valvula-de-agua-brastemp-convencional-127-volts-_JM

Utilize por gravidade, ficaria recepiente com Cloro num nivel mais elevado, entra numa valvula da valvula vai pra um tubo de PCV de tamanho conhecido por exemplo 25ml, ai vai pra outra valvula e depois joga na sua caixa.


Eu nao sabia que uma valvula de maquina de lavar é tao barata. agora, eu só uso servo motor de antena parabolica. pq eu costumava pagar entre 15 a 20 reais cada na sta efigenia. esses tem 2kg/cm em média e o da motortech é giratorio.

Esse negocio de comprar no ebay é bom e ruim por causa de impostos.

eu nao tenho muita experiencia em usar solenoide, eu preciso voltar a empresa para tirar a foto do dosador de sabao liquido. e o bom é que o sabao liquido ja tem um recipiente todo em plastico e uma mangueira curta com um material que acho ser latex bem flexivel.

agora a ideia do dosador de valvula de maquina de lavar é bem interessante e barato. Sobre fabricar as peças da bomba peristaltica eu achei fotos de uma bomba para epson para vc ver como é internamente:


http://www.lagunaservice.com/ink-system.html

Imagem extena de uma bomba
Imagem
Imagem Interna da bomba com a mangueira na posicao de operacao
Imagem
Imagem dos roletes que pressionam as mangueiras
Imagem

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 20:18
por guest2003
Quanto a proporção e medir, pode fazer o seguinte...

Provavelmente você tem uma bomba e uma boia na sua caixa (se nao for assim avalie esta ideia)

Vamos supor que tenha uma caixa de 2000 Litros, ai voce colocaria um sensor na caixa para quando ela baixar para 1500 litros você ligar a bomba e tambem liberar uma dose de cloro na caixa (referente aos 500 litros que vao entrar)

Agora se for continuo com ladrão vai complicar um pouco...

Talvez desviar com valvula tbm para o ladrão direto quando estiver cheia e so voltar para ela quando baixar 500 litros...

Descreva um pouco melhor seu set-up que outras ideias podem aparecer :)

[]'s

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 20:58
por gordomlm1
Sugestão: Se mede o volume em um minuto de funcionamento da bomba e se coloca o sensor na metade do tanque. Em vez de uma chave de fim de curso ou caixa cheia, se coloca um temporizador que deixe a bomba funcionar por tantos minutos, ou equilavente a tantos litros e de modo que fique tanto abaixo de transbordar a caixa.
Aí se sabe quanto litros entram por período de funcionamento e quanto dosar. Após alguns ciclos de funcionamento a proporção de cloro fica no estabelecido.

Abraços

Maury

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 22:47
por MOR_AL
Pessoal.

Trabalho com eletrônica há muito tempo, mas verdade seja dita, um sistema é mais confiável, quanto mais simples ele for.
O que estou pensando não dependeria de eletricidade :oops:
A idéia é mais ou menos a seguinte, de acordo com o desenho.
Em 1, temos um recipiente intermediário, que recebe um determinado volume V1.
Este recipiente possui um peso do lado esquerdo, que força o cento de gravidade CG1 para a esquerda do centro geométrico do volume.
Ele possui também um eixo de rotação (abaixo do recipiente), que fica localizado entre o centro de gravidade CG1 e o centro geométrico.
Neste recipiente há um "pino" que veda a queda de cloro. Abaixo desse conjunto se encontra a caixa d'água.
O cano acima do conjunto joga a água da nascente nesse recipiente.

Em 2 a água que cai no recipiente faz com que o centro de gravidade (CG2) se desloque para a direita se aproximando da vertical do eixo de rotação. Na realidade, este CG2 começa a ficar à direita do eixo de rotação do recipiente. Isso desequilibra o sistema e o recipiente começa a girar. A medida que gira, o CG2 se desloca mais para a direita, girando mais ainda e entornando a água.

Em 3 vemos o recipiente entornando a água para a caixa d'água e liberando a passagem do cloro.
Quando boa parte da água entornar, o peso que se encontra no recipiente faz com que ele retorne para a posição em 1, fechando a admissão do cloro e reinicializando um novo ciclo. É um monoestável.

Reparem que:

1 - O sistema não possui eletrônica, sendo independente de eletricidade e fontes para alimentar um uC e motor (geralmente com voltagem diferente de 5V).
2 - O sistema mede a vazão (parte do volume do recipiente que entorna) e libera o cloro. A própria água movimenta o sistema.
3 - A mecânica é relativamente simples e acredito que possa ser facilmente construída com o auxílio de coisas simples, encontradas no dia-a-dia.
Acredito que a idéia não poderia ser mais simples. Uma vez calibrado o sistema só precisaria de reposição do cloro de tempos em tempos.
Claro que a medida que o nível de cloro for baixando, a dosagem vai diminuindo. Um recipiente de cloro com a área da base maior que a sua altura diminui este inconveniente.

Aguardo seus comentários. :D
Imagem

MOR_AL

MensagemEnviado: 14 Mar 2010 23:40
por gordomlm1
Simples e direto.
Para o dosador repete o sistema de forma que a gangora do cloro seja liberada com a liberação da gangora da água. é certo que ela esvasiara mais rápido e voltara antes a posição inicial doque a de água.

P.S.: lógico que se mantem as proporções em relação ao volume manipulado.

Abraços

Maury