Bom, se é prá dar tiro no escuro.... vou contar uma história.
Há muitos e muitos anos atrás, no tempo em que os bichos ainda falavam, eu projetei um alarme de carro. Ele tinha como pré-requisito ser ridiculamente barato. Fiz com um PIC12F628. Uma das entradas dele lia o sensor de porta do carro. Esse sensor faz a luz de cortesia acender. Ela é do tipo NA: com a porta fechada, fica aberto, ao abrir a porta, ele fecha o sensor. Ele é um switch que tem um pólo ligado no chassis, ou seja, ao abrir a porta, ele coloca o outro pólo ligado no chassis. Nos carros, é ligado uma lâmpada ligado no 12V. Prá sentir o sensor, eu fiz este circuito:
Olhando assim, não tem nenhum xabu: com a porta fechada, o sensor fica aberto, que polariza inversamente o diodo, e o resistor de pull up manda nível alto pro PIC. Quando abre a porta, o diodo coloca o pino do PIC no GND (tem a queda de tensão no junção do diodo, mas o PIC reconhece como nível baixo).
O que acontecia: volta e meia instalava o danado, e queimava esta porta, e só esta porta. O core do PIC continuava funcionandinho, mas ele acusava esse pino como nível baixo o tempo todo. Media com o multímetro: curtaço pro GND. Tirava o PIC da placa, e o PIC continuava com este pino em curto pro GND. Trocava o PIC, e o alarme funcionava.
Isso aconteceu muitas vezes, eu diria que em 20 a 30% dos aparelhos.
O grande problema era que, prá economizar, a placa não tinha conector, os fios eram soldados direto na placa.
Minha desconfiança: enquanto instalava, o instalador pegava direto nos fios. Se ele acumulasse carga eletrostática no corpo, pimba. Se por exemplo sua carga fosse negativa em relação ao carro, a corrente vinha do chassis pelo GND do PIC, pelo diodo de clamp, pelo diodo da placa até a mão e o surto detonava a porta.
Prá solucionar, coloquei um resistor de 10k em série com o diodo, e foi o suficiente prá não queimar mais nenhum.
98% das vezes estou certo, e não estou nem aí pros outros 3%.