Como cobrar por um projeto com PIC ?!!

[Andre_Cruz]

Sou iniciante na área e gostaria de saber, como vocês profissionais com mais experiência, cobram por um projeto (Hardware e software) envolvendo PIC.
Gostaria de saber para não cobrar abaixo e nem acima, cobrar o preço justo.

Você cobram:

* Por hora de desenvolvimento ?
* Por dia ?
* Pela complexibilidade do projeto ?
* Por sua aplicação ?
* Pela área em que será usado o projeto?
* Por linhas de código ?

Aguardo a ajuda de todos.

Abraço
André

[AGO]

André, sua pergunta é muito interessante, eu tbm sou iniciante no mundo PIC, faço por hobbie mesmo, e outro dia conversando com um amigo o mesmo perguntou como seria a cobrança por um projeto de PIC, uma vez que alem de desenvolver o hardware, vc desenvolveria o software.

Só que ao meu ver, vai além, você geralmente desenvolve a solução para um problema, não desenvolve apenas um hardware e um software.

Cada caso é um caso, e todas essas considerações que você ctou devem ser levadas em conta.

Vamos ver o que os profissionais da area tem a dizer.

Abraços!

[Andre_Cruz]

AGO

Gostaria te ter uma idéia do peso/valor de cada consideração que eu citei e se tem mais algumas a ser levada em conta.

Vamos aguardar os mais experientes.

Abraço

André

[EDSONCAN]

Cada um vai ter dar uma resposta diferente e todas estarão certas, pois não existe respostas erradas nesse caso.
Existem regras heuristicas, sabe que da certo, mas não existe um comprovação absoluta.

Se o projeto é quase que totalmente dominado, voce pode estimar as horas e passar um valor fechado.

Se o grau de incerteza é grande, voce pode cobrar por hora trabalhada.

Quando me refiro a dominado significa pelo cliente que tem que saber o que quer e por voce que ira fazer.

Gosto de jogar claro, portanto sempre coloco o porque de cada modelo de cobrança.

Edson

[Vonnilmam]

Caro André,

Realmente depende muito da situação,

Comercialmente falando eu procuro cobrar levando em conta a tiragem que o produto terá.

E para lhe ser bem sincero, hoje em dia os empresarios não querem saber de pagar pelos suados projetos e sim consegui-los da forma mais facil e barata!...Eu adotei uma postura que acho interessante, pelo menos comigo tem fucionado bem:

No meu caso eu desenvolvo a aplicação completa com base no que o mercado que pretendo atinger exije, isso tudo com recursos proprio, depois vendo o "kit" do produto, faço uma licença que é paga pelo empresario que deseja fabricar o produto e vendo os kits ou somente o chip já gravado para o cliente fabricante (nessa licença eu envio toda a documentação do produto menos o software é claro)...DETALHE: não crio vinculo de exclusividade com ninguem...

Agora se o empresario quiser comprar os direitos autorais do projeto é outra história, eu avalio o volume medio mensal de produção do produto e com base nisso faço o orçamento dos direitos autorais...

Tem muito colegas que cobrar por hora de serviço, +/- uns 200 reais, tudo vai depender muito de como vc se enxerga nesse ramo...diga-se de passagem muito ingrato, o negocio é não deixar ninguem desvalorizar seu trabalho por mais simples que seja, a profissão de programador e projetista é muito bonita e desperta muito interesse...

Como eu sempre digo, falar de algo é muito facil o dificil é mostrar a coisa funcionando ao vivo e em cores....hehehe

Eu particularmente só anuncio um produto para fins comerciais, só quando tenho o mesmo em mãos, jamais caia a besteira de prometer algo que vc acha que consegue fazer, faça antes e mostre depois....nem sempre as coisas dão tão certo como pensamos que daria....

Outra dica: em um projeto sempre dimencione o chip com capacidade alem do que vc irá utilizar, algum tempo depois poderão pedir para vc incluir certas atividades no seu projeto e aí vc vai ver que o seu chip não suporta aquele requisito, e aí....danou tudo....

Boa sorte, espero ter ajudado.

[Andre_Cruz]

Vonnilmam

Estava pensando em usar esse método mesmo, de desenvolver com recursos próprios e fornecer o produto final ao cliente.

Assim mantenho os direitos do software e hardware.

Você costuma fazer contrato lavrado em cartório ou não.
Porque estava pensando, que essa é a unica maneira de garantir que você não vá gastar recurso, e tempo para resolver o problema de seu cliente e ele depois de pronto desista do projeto.

Agradeço a ajuda de todos, ja estou vendo esse assunto com outros olhos.

Abraço
André

[xultz]

Andre, já fiz vários projetos para vários clientes e usei vários métodos para chegar num orçamento.
O esquema de segurar o código-fonte e cobrar royaties geralmente parece bom, mas a maioria dos clientes que tive que já contrataram alguém neste esquema quebraram a cara. Um grande problema é que quando o cliente especifica o produto, ele não sabe direito o que quer, porque ele ainda não começou a vender e ainda não entendeu o consumidor quer. Geralmente nem o consumidor sabe o que quer. Então é normal lançar o produto, vender algumas unidades e descobrir que se trocar "Começar" por "Iniciar" faz o produto ficar muito mais intuitivo. Então é inevitável um cliclo de ajustes e mudanças até o produto começar a ficar bom, e o projetista costuma ficar puto da cara com tantas mudanças, para receber somente os royalties quando o produto for vendido. E o cliente vai ficar puto achando que o projetista está fazendo corpo-mole, que não está mostrando interesse no desenvolvimento, e o cliente se sente lesado por não poder continuar o desenvolvimento com o filho do vizinho que entrou no curso técnico e ouviu falar num livro do Fábio Pereira e acha que consegue fazer o que ele quer por 1/100 do teu preço.
Outro grande pepino de ganhar com royalties é que você ganha baseado naquilo que outra empresa vender. E se ela não vender? E se amanhã eles encontrarem um similar chinês que sairia 1/5 do preço importar do que produzir aqui no Brasil? Daí teu royaltie vai pro ralo. É uma situação de risco, você pode ganhar uma bela grana só de royalties, mas a probabilidade é maior de se dar mal. Digo isso segundo minha experiência, que pode ser completamente diferente da tua.
Eu tive vários clientes que no primeiro contato me perguntaram "Quanto você cobra prá fazer e me passar os direitos intelectuais, esquemas e código-fonte?", enquanto outros logo depois de dizer "Bom dia" perguntaram "você trabalha com código-fonte aberto?". Eu tive um bom cliente que tinha acabado de desenvolver um produto, mas com fonte fechado, e o desenvolvedor cobrava muito alto (segundo sua opinião) cada mudança no código, e eles estavam putos com a situação, ele me deu o produto e disse "quero um clone do meu próprio produto, com fonte aberto". E eu fiz, e o cliente ficou feliz com o resultado. E continuei cobrando cada mudança que fiz, mas o fato de passar o fonte a ele fez toda a diferença.

No fim das contas, eu decidi trabalhar sempre com fonte aberto. Transferência total de tecnologia. E o preço, sempre usei a mesma fórmula: valor que acho interessante para mim, e que o cliente consiga pagar. É totalmente subjetivo, mas foi o que deu mais certo.

[Djalma Toledo Rodrigues]

Vonnilmam muito bem colocado.

Soube ontem que em Engenharia a outra parte não pode ser tratada como, ou denominada, Cliente.
.

[AGO]

Vonnilmam muito bem colocado.

Soube ontem que em Engenharia a outra parte não pode ser tratada como, ou denominada, Cliente.
.

Se não é cliente é o que?

[Djalma Toledo Rodrigues]

Parceiros ?

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Cliente é de médicos, dentistas etc.
Uma empresa não pode ser 'paciente' rsrs ___

[ivrj]

Parceiros ?

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Cliente é de médicos, dentistas etc.
Uma empresa não pode ser 'paciente' rsrs ___

pode ser sim um parceiro...


depende do ponto de vista...

se vc trata-lo como parceiro, caso seu parceiro cresça, vc também crescerá! E se isso for legal para vc, ótimo....